Público dífícil

Sentados em um banco de uma praça haviam três pessoas: uma senhora de idade a fazer crochê, um menino pequeno que não parava de falar e uma garota de beleza notável que olhava para o nada até se perder. Vou então até lá

Por motivo que não vou explicar resolvo entrete-los um pouco. A velha parecia triste, o menino inquieto e a garota vish! De tão linda já me deixava louco. Tinha de agir, como qualquer cara esperto.

Como primeiro passo me apresento aos três, falo meu nome, profissão, gostos e desgostos, tudo de uma vez.
A velha gostou
O menino estranhou
Já a garota.. ignorou

Não foi o que eu esperava, teria de tentar alguma coisa nova. Conto então uma piada.
A velha não entendeu
O menino de tanto rir, estremeceu
Já a garota.. ainda não me percebeu

Estou chegando lá, na terceira haverei de agradá-la. Declamo uma poesia minha, modestia a parte, muito bonita
A velha aplaudiu
O menino dormiu
Já a garota.. nem me viu

Sai de lá desolado. Fiz o que sabia, dei o que tinha, mas fui derrotado. Fiquei sabendo depois que seu nome era Prosa. Tanto me incomodei com rimas, que esqueci do que realmente importa. O... o... algo-que-rima-com-'rimas'.