Cresci, sou 'homem feito' agora segundo giria popular. Dezoito anos foram necessários para resultador em quem os escreve. Encontrei obstáculos que quase sempre desviei. Descobri retornos, atalhos, trapaças, mas sempre chega a hora de evoluir, provar seu valor.
Nessa hora gritei por ajuda, um grito silencioso, mas bastante sofrido. Joguei-me contra o obstáculo, soquei-o repetidas vezes. Estava claro para todos que eu queria transpor aquele muro. No entanto ele preferiu não ver.
Com as mãos doídas e garganta rouca tive de tentar a sorte sem a sua ajuda. Não, eu não esqueci de quem me ajudou, de quem aparou minhas consecutivas quedas. Porém, o que mais lembro é daquele que não me ensinou, que não estava lá.
Após uma vitória sofrida ouço seus aplausos abafados, ouço uma voz distante. Questão de segundos para esquecer de tudo o que ele me fez passar, com um abraço comemoramos. A provação valeu a pena.
Mas então se ergue um novo obstáculo, maior do que o anterior. Bastou isso para que os aplausos se tornem novamente uma voz inuadível na escuridão. Estou cansado.
A decepção é evidente, caio aos prantos, não vou conseguir! Terei de aprender sozinho e me contentar apenas com seus aplausos. Só não se surpreenda se algum dia isso não for o bastante.
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