Música

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18 de julho de 2010

Invejo

Invejo a tranquilidade da praia. Vão e voltam essas benditas ondas! Trazem a calmaria do alto mar e benzem a costa em uma dança lenta e repetitiva que não teme o tédio, elas tem ritmo - rotina musicada, o mundano se torna fabuloso.

Invejo todo aquele que ousa ser simplista... e obtem êxito. Descomplicar é complicado para quem tenta lavar a tristeza em uma praia imaginária, desejar a miséria alheia aumenta sim o que possuo,  que venha a inveja! Na falta de felicidade, comparo os sofrimentos e tento estar relativamente bem. Muito racional? Com certeza.

Amar é assim, destrói. Roubo das ondas esse ritmo perfeito para a sobrivência na rotina, pois onde me excedo, geralmente me machuco. É hora de me acomodar. O segredo deve estar aí, baixar as expectativas: por que não me trancar no tédio e chamar de aventura quando coloco a cabeça para fora da janela? A tristeza perfura o peito...

Percebi que meu maior desejo não só é impossível como se tornou uma piada... e de nada adianta "rir para não chorar", é inútil se a tristeza permanece,  o que geralmente acontece. Deixe sangrar! Não digo que é melhor, mas é mais sincero.

Amar é assim, ridículo. O orgulho cambaleante pela humilhação te debilita aonde o coração partido te deixou ileso. O mal estar dessa e de outras noites eu nem ouso nomear, a dor destrinchada faz ainda menos sentido do que inteira.

O problema é a injustiça? Culpo os céus pela concorrência de fatores inusitados que deixam tudo difícil? Não, para isso, rir realmente foi o melhor remédio, o azar me diverte tanto quanto a sorte, por algum motivo. Dói é saber que as coisas são exatamente o que deveriam ser, questionar a existência é estupidez. Existir por existir é mais sensato.

O que sou não basta para o que desejo, o que não surpreende, ninguém foi feito em uma fôrma para desígnios futuros indeterminados. Escolhi me guiar por esse amor romântico depois alguns anos movido por ambições mais palpáveis como o acúmulo de vitórias (sério mesmo, eu tinha tabelinhas!), talvez seja a hora de mais uma vez mudar as prioridades.

Não está dando certo, não a possuo - não há espaço para mim. Enxerguei um vazio momentâneo e percebi que nem ele eu poderia completar - ninguém foi feito em uma fôrma. O que eu sou definitivamente não basta para o que desejo, para quem desejo. Não a possuo, não está dando certo, por isso invejo.

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