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28 de janeiro de 2012

Súbito

Estou com sono (muito sono!) para escrever qualquer coisa no talento, na revisão crítica, se não no esmero do talentoso artífice das palavras nem ao menos na lucidez de quem entende totalmente o que diz. Talvez aí eu me saia sincero, mais do que fui e jamais serei, por não ter ideia do que sai além de um alívio assustado de quem espirra reflexões e se esquece de limpar o estrago... como o dessa metáfora escatológica.

Fantasie, ó leitor, fantasie que agora tem os meus segredos mais secretos somente porque agora escrevo tudo, um tudo pequeno, mas ainda sim tudo o que penso. No final das contas, talvez seja apenas um desabafo desordenado que por eu querer falar mais do que se possa falar de chofre, contenha muito menos, quase nada, do que se diria em uma conversa informal e breve. Mas, seja qual forma sua forma, aí vai o relato.

Sou tristeza, da mais azul, oceânica e profunda e nada do que eu faça ou sinta irá mudar isso. Não é minha mente, minha suposta depressão latente que curada pela morosa psicanálise vai mudar algo; não é meu coração, não é meu amor que vai mudar esse lado que é todo, e esse todo sim mais que um simples todo, um todo grande e assustador. Não estou triste, pois sou triste e não me me movo, talvez eu seja feliz, talvez eu já esteja, creio estar e muito mais do que em qualquer outra época de minha vida, mas ainda triste.

Parece solidão embora eu não esteja só, ela está ao meu lado e próxima o suficiente para que possa ouvir as batidas de meu coração doente e de sentir todo o corpo que definha triste esmaecer, evanescer-se. A amada me sente por inteiro, sabe quando convulsiono nessa angústia sem nome que por falta de uma palavra vai receber hoje a máscara de tristeza. Ela sabe e me freia nas palavras atropeladas.

Nesse instante, o discurso ganha mais calma, pois ela vem a mim como um anjo no sonho, uma revelação, uma promessa de felicidade... uma censura. Como dizer que passo tão mal ao lado dela e o elixir dos elixires que traz consigo: o Amor? Ou, não dizendo por achar que devo melhorar por ela em silêncio, devo então supor que cabe a ela a responsabilidade de meu bem estar? Das duas formas, amar e pensar em amor se torna complicado, mais do que uma sinceridade bruta poderia abordar em uma noite, mas mesmo assim continuo.

Espero que ela entenda, pois as palavras continuam correndo e o sono abaixando as minhas pálpebras e meu juízo. Tudo parece poesia agora, o orgulho vem fácil pelo mínimo de coerência na redação "será um sucesso, todos entenderão.. até ela" - pensamento frágil, mas que se sustenta sem prova na enfraquecida consciência do assonado. Talvez eu esteja mesmo doente (e triste!), mas com certeza não estou só.

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