Música

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29 de fevereiro de 2016

Solitude impassível... ou impossível?

Sinto-me paralisar toda a vez em que dou com a cara na tela do computador, ou no travesseiro, estatelado na cama por ter dormido de menos ou ter dormido demais: o corpo sempre paga. A preguiça, minha companheira é um pecado cometido por almas pouco inspiradas, sendo não menos cristão de minha parte assumir  sua angustiosa culpa, sem necessariamente fazer algo a respeito.

Não há pra onde ir daqui e, muito provavelmente, nem iria, mesmo se pudesse. Estou irremediavelmente cansado alongando-me em um bocejo desde que acordei (há alguns anos), sendo o impulso de escrever mero interstício que não deve ser levado muito a sério.

Ontem eu desejava, pulsava e até, ouso dizer, fui feliz. A fugacidade do otimismo em almas pesadas acaba sendo a maior crueldade, ao invés de bálsamo, pois nos leva a crer por alguns segundos que somos capazes de sermos funcionais, ali rondando o mundo dos vivos, sorrindo e acenando.

A minha autoimagem é a de um líder vigoroso ou, ao menos, um homem de ideias que se põe a transformar o mundo na linha de frente - ou "parte de mudança", mais simplesmente. Eu queria ter luz própria e em alguns momentos até acredito que tenha, no fundo é isso, mas no geral sou apenas sombra, nevoa e perdição. E a volta à realidade de mim e do mundo é sempre complicada.

Algum dia eu talvez aceite esse meu caráter estático e tenha o prazer discreto dos notívagos e poetas que se isolam do mundo do alto de suas torres de solidão e pretensão à grandeza. Entretanto, por hora, uma motivação social me fustiga, sensação incômoda de que só existo para os outros.

Mesmo quando não quero ver ou sentir ninguém.
(mais um dia no calabouço).

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