Hoje senti vontade de inovar um pouco, criei então uma nova seção aqui no blog: o laboratório de personagens (marcador - personagens). Nesse espaço elaboro um discurso com base em uma personalidade fictícia.
A idéia original era apenas dissertar sobre o sexo oposto, me posiocionar, enquanto garoto, na infame guerra dos sexos, mas ia ficar muito banal. Então, para falar do assunto encarnarei um sujeitinho odioso que não gosta muito de mulheres
ADVERTÊNCIA : conteúdo fictício, não se enfureçam com as opiniões expressas.
Inveja, ira, luxúria, ganância, preguiça, orgulho e gula. Estes são os sete pecados que explicitam todo o mal da humanidade. Sim, é um viés cristão, mas o utilizo apenas como recurso explicativo. Não acredito em nenhuma dessas farsas chamadas religiões.
A grande questão é o porquê de tudo isso, somos de fato essencialmente maus? Parece que sim. O homem é violento, sangüinário, egoísta e não exita em ferir a quem estivar a sua frente. É a fera mais desenvolvida, a máquina assassina definitiva.
Abençoados com polegares, instrumentalizamos os objetos e um universo expetacular se abriu a nossa a frente, um universo de mil possibilidades, de mil maneiras de se matar. Saimos da selva verde e criamos uma de concreto.
Presos neste "admirável mundo novo" temos nosso espírito esmagado e a individualidade suprimida. Nervósos e desalmados nossa vida perde o valor, é mais fácil matar um morinbundo, é mais facil matar com indiferença.
Teoricamente existe a força anuladora, a coleira do animal descontrolado. As esperanças recaem sobre o sexo frágil que apaziguaria nossos espiritos inquietos. A mulher teria essa tarefa, ou a mera omissão no problema já seria suficiente. O mesmo porém, não procede.
A furia, outrora irracional e de certa forma perdoável, se torna calculista e cruel com esse ingrediente na mistura. A luxúria impõe um espirito competitivo, e este provoca ira, inveja, ganância, gula. A posterior conquista traz orgulho e preguiça.
A primeiro momento o mal parece involuntário, só parece. O critério de seleção das fêmeas prima pela demonstração de poder e, como não poderia ser diferente, pela competição. Não há espaço para a amizade entre os concorrentes, nem entre as domadoras.
O instinto da fraternidade, tão benéfico a vida social, só esta próximo com a total abdicação da sexualidade, o que, convenhamos, é uma total utopia. Desejamos intensamente o contato, vivemos pela associação mais valorosa, pela relação amorosa, o que é negado sistematicamente.
É preciso provar seu valor neste amontoado de gente, se destacar na multidão, derramar o sangue dos concorrentes. Acaba a disputa firma-se um contrato que fica retido a contratante e este pode ser quebrado ao menor sinal de fraqueza.
A esse ponto é bom se perguntar aonde se distingüem as crueldades femina e masculina. Muito simples: na sinceridade. As fêmeas mascaram sua maldade com uma suposta sensibilidade, sensatez e profundidade em oposição a inconstância dos machos.
Nada se espera do homem, nada se espera de um animal. Ele é impulsivo e age na mais profunda conformidade com suas convicções. A civilizada mulher porém, é dissumulada e mestre na mentira. Não exterioriza seus desejos explicitamente e vive da manipulação.
O exemplo mais cabal talvez seja a monogamia. Eventualmente a parte masculina acaba quebrando o contrato por impulso sexual. Naturalmente o que se espera é que a relação vá ruir pela falta de confiança entre as duas partes. A relação de fato rui, mas por outro motivo.
A mentira está presente desde o início em toda boa relação, a realidade é muito feia, então uma total confiança nunca existe. A traição só é ruim porque deflagra uma fraqueza e um indivíduo fraco não tem valor à mulher. Era tudo afinal mais uma queda de braço.
Como qualquer um, esperava encontrar apoio em uma boa relação, um refúgio seguro para meus problemas e minhas fraquezas. Uma pena ser isto mais uma utopia, um relacionamento é o último lugar onde se pode descansar, é a arena de combate definitiva.
Ao contrário dos misóginos mais tradicionais que objetificam as mulheres as odiando por sua suposta fraqueza, eu as odeio por sua força. Resta-me então encerrar com um pensamento assustador, estou em guerra com metade do mundo.
2 comentários:
Não é necessário 'encarnar' ninguém para expor seu ponto de vista.
Não posso deixar de concordar com sua visão sobre os relacionamentos, para mim nada disso vai além do oba-oba e quando um casal fica junto por muito tempo é apenas porque se acostumaram e/ou ficaram dependentes um do outro. Eu poderia amar qualquer pessoa convivendo muito tempo com a mesma, isso é um pouco óbvio, acho que é o que acontece mesmo, nada de alma gemea.
Acredito nessa diferença entre homens e mulheres, mas acho que por isso um completa o outro.
Sabe,eu acho q nem sempre a mulher é dissumalada.
OK,em alguns ,momentos sim,mas acho que de uma certa forma isso faz parte do relacionamento.
A mulher inocente,fica em casa,enquanto seu homem,está na rua com outra.
Então acho q essa "dissimulaçao" que vc diz das mulheres pode ter sido criada,a partir de ações do homem!
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