Mesmo título, mesmo intuito de avaliar a situação e como devo prosseguir diante de mais essa adversidade em minha longa jornada por um pouco de paz. Mas uma coisa mudou, passada a tempestade vem a calmaria como dizem, é hora da indiferença imperar.
Se antes tinha mil palavras ferinas para atacar e atirar para todos os lados, agora me encontro sem munição. As lágrimas dessa tristeza que não passam saciam a sede pelo preenchimento do nada, mas logo sua vil salinidade trata de desidratar os nossos ânimos.
Cruel ilusão de completude, felicidade ou tristeza ambas preenchem-nos da mesma forma. Pico ou vale são iguais dependendo do ângulo que se observa. A felicidade sonhada, a perda da mesma causando trsiteza e por fim o nada, o vazio, ainda mais assustador que das últimas vezes.
A vela cálida que tratava de me aquecer e iluminar minhas idéias está fraca e ameaçando de apagar. Deitado em um canto escuro de meus pensamentos com essa luz cada vez mais fraca e inimaginável o esforço que faço para escrever estas palavras que agora lêem.
Chega dessa vida de matar dragões com adagas, chega de salvar damas em perigo que no final das contas sempre estiveram seguras. É terrível admitir, mas nesse momento sou que que preciso ser salvo. E sendo eu único perito nos labirintos de meus pesares, na confusão de meus pensamentos, terei de achar o caminho sozinho.
Nada de brandir minha lança, nada de rugir em euforia e dilacerar os guardas dessa prisão que criei. O impeto está morto, o que me resta e arrastar estas correntes para fora da prisão e encarar um mundo que já me expeliu repetidas vezes.
Vou me expor, ir para o abate, com a certeza que do próximo baque eu não escapo e também pouco me importo. Não sinto mais dor, nem minhas palavras que agora acabam sem mais nem menos.
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