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9 de dezembro de 2008

Pais e filhos

Parece que a nova onda é escrever textos relativamente curtos de madrugadas, período frutífero para as idéias tão úteis à esse blog. Vamos lá, pensei nisso já a algum tempo e agora, devido a certas circunstâncias, talvez mude um pouco o rumo das coisas.

A questão é como nos parecemos com nosso pais, me refiro é claro a semelhanças de caráter e personalidade, as semelhanças físicas ficarão a cargo de seus avós e tias chatas que mesmo estando você na casa dos 20 apertarão suas bochechas e lhe dirão o quanto lembra seus pais.

É isso ai, não da pra fugir, os loucos que te ninaram e o trocaram em muitas madrugadas não o fizeram sem deixar suas marcas. E você pensando que violar o sono e urinar nestes dois seres não traria vingança, pois esta veio, mais dolorosa ainda para quem não gosta de seus velhos.

Não é ciência exata, mas é impossível não pegar essa ou aquela mania de pessoas tão presentes (ou não) em nossas vidas quanto nossos pais. Os primeiros a ensinar dão as linhas do código moral que nos levarão a sair em sociedade e nos relacionarmos com os demais.

O código moral pode ser deturbado, subvertido, outras influências virão, mas uma coisa não muda: não esquecemos nossas origens. Seja enrolando o cabelo daquela forma característica, ou torcendo o nariz ao se concentrar, pequenas manias nos colocam em nossos devidos lugares.

Por baixo das mesmas germinam sementes muito mais profundas esperando para dar frutos. Este processo pode demorar, é um tremendo evento na jornada de auto-descoberta. Alguns precisam de um gatilho, como a criação dos próprios filhos, para ver-se tão insuportavelmente cuidadosos quanto seus genitores.

Eu não queria esperar tanto para invocar as benditas sementes, algumas qualidades de pai e mãe me seriam muito úteis agora. Indo muito além do que eu deveria na idéia de culpar terceiros pelos meus erros chego finalmente nos dois grandes culpados.

A reprovação em uma matéria na faculdade me faz desejar a diciplina e inteligência tradicional de meu pai que tira a vida acadêmica de letra e as palavras que custam tanto a sair me fazem desejar a inteligência emocional de minha mãe, que nunca se deixou intimidar por tão pouco.

Mas agente nunca escolhe aquilo que vai herdar, não que eu esteja reclamando (muito). Tendo um irmão eu sei o quão diferente pode ser a mistura de tão somente dois ingredientes em dois momentos levemente distintos.

Quanto a inteligência tradicional de papai, acho que posso contar, só me falta a diciplina. Distraio-me pois o lado emotivo herdado de minha mãe não veio acompanhado das ferramentas para lidar com tal, por isso sou avoado. Ou sei lá, estou apenas divagando.

A soma que deu nessa porcaria eu não sei, e também não importa. Melhor voltar a encarar estes resultados nada satisfatórios e trabalhar a respeito. Apontar o dedo não vai resolver nada, mas escrever até que aliviou um pouco esse dia pesado.

1 comentários:

M.M. disse...

"como nossos pais"...

http://www.youtube.com/watch?v=q90bK6HGtyE