Música

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1 de janeiro de 2009

Primeiro dia do ano e lá vem restrospectiva

Começou. A viagem prossegue por mais um ano, ou não. Iniciar a jornada não implica em termina-la, tem sempre a confortante possibilidade de que tudo simplesmente acabe. A tragédia temida de outrora vira a aguardada libertação.

Em meu aniversário de 11 anos em novembro de 2000 lembro-me de estar embriagado com a mais pura felicidade. Tudo estava tão certo no meu pequeno universo que eu começava a pensar em como difícilmente as coisas iriam melhorar ou sequer se manter.

Conversei com minha avó na tradicional reunião naquele apartamento que morei por tantos anos. Um bolinho, bexigas, avós, tios e primos por parte de pai. A ausência de meu pai não incomodava mais tanto e eu ainda tinha a esperança de que algum aniversário o interfone tocasse anunciando-o.

Eu estava terrívelmente certo, como que num encanto o ano seguinte já trouxe sofrimento. Dificuldades financeiras me forçaram a largar o colégio costumeiro abalando aquele meu mundinho estreito como antes visto somente na separação de meus pais.

Aguentei aquele golpe somente pela certeza de que ano seguinte seria tudo restaurado na mais perfeita paz, mas eu já estava mudado. A volta ao colégio antigo no ano seguinte não trouxe de volta minha felicidade preciosa, o local era o mesmo, mas as pessoas...

Faça as contas e verá que na época eu tinha 12 anos, a maldita adolescência batia a porta. O mundinho restrito se expandiu e englobou esse passatempo novo: se apaixonar. De lá pra cá um desastre atrás do outro e o mundinho intocável já virou sonho distante.

Perdi o ritmo de meus colegas de idade, o tempo passando e eu me agarrando a um passado que não voltava mais. Apesar de tudo consegui lugar confortável nessa viagem forçada. Confortável, mas cada vez mais sozinho.

Porcurava auxílio de meu primo, melhor amigo até hoje, mas olhando para trás o que vejo é um grande buraco. É típico se ausentar das responsabilidades procurando culpados, mas meu pai fez grande falta nessa minha caminhada.

Orgulhoso, eu sempre escondi tudo da minha mãe, todo esse sofrimento, essa dor, essa angústia que só ia crescendo com o tempo. Entra aquela que sempre esteve lá, mas eu ignorava e aquele pra quem esticava o braço, mas nunca pude alcansar, fui deixado a deriva num mar de tristeza.

Surtei, chorei, esqueci, cai, levantei, desisti, lembrei, esperei, esperei, esperei..

Mais coisas vieram, mas só pra reafirmar velhos fracassos já profundamente enraizados no que sou. é tudo repetição e, francamente, muito chato. O principal é ver o que restou disso tudo, essa tristeza que não passa, essas lágrimas presas, mas as sinto constantemente.

Do tédio superficial.. a tristeza que sempre esteve lá, esse talvez seja o melhor resumo de 2008.

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