Música

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8 de outubro de 2009

Na Madrugada

Lá ia eu em mais uma madrugada, domingo para segunda, a fazer nada como o de costume. Tinha incontáveis deveres para a semana que se seguia e também para a próxima. Outubro é um mês complicado, tanto me ocupo que às vezes esqueço que novembro está próximo, meu aniversário.

Oras, mereço relaxar! Iria adiantar algumas leituras como bom menino que sou, mas... acabei concordando que deveria finalizar o fim de semana na mais pura vadiagem. Algo entre três e quatro da manhã quando me dirijo a sala, ligo minha guitarra para tocar e a tv para me fazer companhia. Odeio o silêncio, mesmo o espaço entre uma nota e outra deveria ser preenchido.

Ate na distração distração, mesmo me empenhando para fazer algo pouco útil um obstáculo a minha concentração: escolher o canal. Guitarra jogada no sofá enquanto passo canal a canal para escolher o barulho que me confortaria, exigência demais para algo tão irrelevante, mas vamos lá.

Escolho um filme ruim que já vi a tempos, o título devia ser "Penalidade Máxima", filme no qual um sujeito treina um time de futebol com detentos. Na Inglaterra, obviamente, onde até prisioneiros são civilizados. Talvez fosse uma prisão de crimes leves! Não sei, enfim, não é momento de julgar o filme.

Munido de minha guitarra vou passeando por melodias vagas, exercícios, pentatônicas, acordes e as músicas que fui aprender até ali. Mexi no volume incontáveis vezes para me assegurar de não perturbar a vizinhança, moro em casa, mas é justo ter cuidado.

Eis que algo me distrai. Movendo-se próximo ao meu amplificador um objeto começa a chamar a atenção. Provavelmente um objeto movido pelo vento ou alguma mosca daquelas grandes e idiotas que ficam batendo na parede e caindo no chão. A caixa não me dava ângulo para ver direito.

Bom, ele se moveu denovo, agora para a minha vista. Levantei o mais rápido que pude sem deixar a guitarra cair e me afastei um dois passos: era uma barata. "Que faço, que faço?" Acho que encarei a bendita durante uns bons 2 minutos até decidir pegar um chinelo e matá-la.

Corro até o armário de calçados, procuro o chinelo mais bizarramente grosso possível e volto para a batalha de minha vida. Sou eu e a barata, esta me esperou pacientemente. Que surpresa a minha ao ver que eu não conseguia me mexer. "Vai! Mata" E nada do meu corpo responder.

E foi a danada a se meter entre os móveis e eu só observando, congelado, quase catatônico. Aprontou ainda mais a maldita, começou a subir as paredes. "Merda... merda.. merda!" E isso não foi pensamento. Eu realmente comecei a quase gritar sozinho no meio da madrugada.

E justo nesse dia minha mãe estava viajando, talvez fosse melhor assim. Imagine você em seus quarenta anos, filho com quase vinte e este aparece no quarto apavorado a lhe chamar: "mãe, uma barata". Isso já estava ficando ridículo.

E ficou mais ridículo. Desliguei a tv, o amplificador, saí e fechei a porta. Até que alguém viésse aquela sala estava morta para mim. Coloquei alguns jornais que achei a mesa para tapar as frestas, tomei ar, bebi água e fui assistir tv deitado até pegar no sono.

Na manhã seguinte a empregada havia aberto a porta da sala, naturalmente. Não quis perguntar se ela havia matado a barata, pois teria de admitir que fugi. Serei assombrado pelo fantasma dela, paciência. E é isso, não tenho ideia do destino da barata e prefiro não pensar no assunto.

1 comentários:

Kel disse...

HAUHAUAHUAHU, senti um deja vu aqui =p
Justamente ontem, teve uma guerra aqui em casa, de madrugada, entre eu e uma barata;
E também não consegui matá-la hihi
bjs :*