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20 de novembro de 2009

Quatro Ideias

Outro dia caminhando fui agraciado por algumas ideias. Por vezes fico grandes períodos sem ter sequer uma, mas neste momento me vieram logo quatro de uma vez e, para não correr o risco de perde-las, melhor que eu me desfaça de todas de uma vez.

Ainda que cada uma por si só já poderia constituir um texto individual acho que será interessante despejá-las assim cruas todas juntas. Deixo a cargo do leitor uma reflexão mais profunda e me dou o trabalho apenas de introduzir os assuntos.

Seja por desleixo ou no interesse genuino de explorar uma proposta diferente do habitual seguem as quatro ideias:

Afinal, porque estamos aqui? Uma pergunta muito geral, mas que não deixa de ser feita e respondida. Claro que a própria formulação da pergunta já carrega polêmica (o que é o "aqui"? e, definido isto, estamos de fato aqui?), mas e aí? Qual seria a sua resposta?

Recorre-se muito a Deus para dar cabo do dilema, solução curta e grossa: só Ele sabe de fato. E então vão todos os cordeirinhos a recitar ditos do tal livro, quanta besteira. Fecham o mundo e seus mistérios pela extensão em outra realidade: a outra vida.

Escapismo descabido, por não saber lidar com a realidade criam uma alternativa mais saudável e palpável. Pois que adoeçam! Este mundo e esta vida é de fato podre, Deus não existe. E digo isto munido de algum embasamento crítico, não se preocupe.

Não critico a iniciativa de crer na existência de algum algo-mais que fuja a toda a lógica e racionalidade, mas este Deus é perfeitamente racional! O conceito de justiça, de devoção, de recompensa, são todas criações humanas. Correto concluir, portanto, que o homem criou Deus em sua imagem e semelhança, não ao contrário.

Este Deus falso não merece devoção, a pluralidade de religiões mostra o quão óbvio é o erro de todas elas, se a iluminação fosse tão clara, como se supõe pelo termo, não haveriam tantas discrepâncias. Portanto não existe iluminação, e isto já deveria significar algo.

No desespero é bom se conformar de alguma forma, preencho meu vazio, por exemplo, com uma filosofia da felicidade. Tento gastar o tempo da melhor forma possível em um produtivismo quase capitalista, constantemente me pergunto "estou me divertindo?".

A pergunta mais se apresenta em festas, reuniões e outras situações de convívio social onde a segregação em meu quarto sempre me ocorre como alternativa e tenho de provar a mim mesmo de que estar ali é o melhor que faço.

Tenho sempre de acalmar essa fera, esse medo da esfera social, essa raiva por minhas incapacidades nas mais diversas áreas, com felicidade. Tento rir, tento brincar, tento sorrir, tento me animar, tento fingir que minha vontade não é dormir e não ter de acordar.

Forço a felicidade goela abaixo em largas doses, uma falsa felicidade, é evidente, mas e o que resta a quem muito se feriu e muito custa a fazer planos, a sonhar, a ousar: a viver. Em suma, a filosofia da felicidade é também filosofia da dissimulação.

Óbvio que não sou estrutura, que não posso me analisar com modos tão simplistas. Pouco sei porque a palavra estrutura me ocorreu, talvez pelos extensos estudos de textos onde a palavra ocorre, mas o ponto é que justificar ações, falar de sentimentos, é tudo muito mentiroso e impreciso.

E não fosse essa mania de registro não iria tão longe em dizer tudo que me ocorre. Tome este texto longo por exemplo, falo muito do óbvio e pouco saio do lugar ou produzo soluções, só problemáticas. E tanta a sede por problemas?

Talvez tenha me apropriado do título de "filósofo do talvez", os perigosos talvez, como diria Nietzsche. Seja como for, sigo escrevendo e você lendo... talvez.

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