Mudar os hábitos não tratou de resolver meus conflitos, muito pelo contrário, me afundou nos mesmos. Um vida desregrada nunca foi problema, ser jovem é isso, quebrar as regras. O vigor da juventude permite noites de coca-cola e pizza em casa ou mesmo madrugadas viradas com cerveja, cachaça e hot-dog chernobyl na porta da balada.
A natureza é sábia... excluindo o caso do Haiti. Povo sofrido, já carrega o título de país mais pobre das Américas, conta com nossas minguadas tropas de paz e ainda por cima sofre uma calamidade dessas. Mas chega de fugir do tema, como escreveu Álvaro de Campos: "tudo menos ceder ao humanitarismo!"
O ponto é que ar puro não cura pulmões negros, tão pouco a fumaça ajuda, mas a nicotina alivia um pouco o sofrimento. Seja porque meu corpo aguenta o baque, seja porque já apodreceu e necessita de algum alívio, a vida saudável é uma grande piada de mal gosto. Ao menos me dissessem a realidade: sou um caso perdido.
A barriga cheia das refeições corretas me deixa pesado o dia inteiro, os exercícios tem o mesmo efeito. E mesmo cansado, mesmo satisfeito, a ansiedade não passa. Não consigo dormir e nem levantar para fazer algo, passo o dia nesse dilema do que seria menos pior.
Durmo as tão faladas 8 horas do sono saudável no horário ditado como normal, não varo madrugadas. Para quê? Se eu pensava que na noite reciclava pensamentos operando a meia-velocidade, de dia nem sequer ligo os motores. Sinto-me idiota, pesado, inútil e cansado. A saúde tem me saído a pior das doenças.
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