Música

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21 de fevereiro de 2010

Depressão/Opressão

Escolhi a dedo as palavras a serem escritas para na sequência esquecê-las, não por desaviso ou distração, não por ter em mente melhor escolha: esqueço pelo hábito de esquecer e me deixar levar. Nada é sincero se não for impulsivo e expontâneo. A memória curta é um recurso poderoso na escrita opressiva da alma que impõe sensações ruins que nem sei serem verdadeiras.

Não sei, não lembro e digo a mim mesmo que é melhor assim. A depressão me oprime, quero sair de um pesadelo repleto de sombras e não consigo. Não acordo e nem vejo que sombras são essas, o que é que me assusta? Nada. Do que teria medo alguém em desespero, sobra espaço para o susto?

Tento me contorcer enquanto forço um grito, empenho cada músculo na tentativa de extravasar a dor (e também de sentí-la). Meu corpo nunca serviu para tais bailes, as sensações mais poéticas não servem meu manequim e são vestidas com aperto ou muito folga, soa falso. Nenhum regime me salvou da humilhação de ser inpato à vida.

Um mundo se abre apenas para que eu saiba do impossível. A dor do não-ser e da prateleira dos intocáveis me esmaga o peito provocando a única das sensações reais: a frustração. Essa opressão me deprime, me faz questionar se vale a pena fazer ou falar qualquer coisa.

As palavras que não esqueci, eu guardo (talvez para que tenham a oportunidade de serem esquecidas também). Para que? De que adianta? O que sobra é uma saudade gasta daquilo que poderia ter sido das palavras perdidas, amplio o não-ser para ser alguém, ou ao menos para me sentir dessa forma. Sinto, logo existo; me iludo, logo falho.

Sou lúcido apenas no tratar com as pessoas. Converso sobre nada, dou risada e sigo em frente. Dizem-me que estou bem e eu acredito, nesses momentos talvez eu esteja mesmo. O meu ser pleno está nos olhos das outras pessoas, não precisei partir para que isso se concretizasse.

Já foi o dia em que pensei fazer poesia..
Jogo azaléias no túmulo das ideias..
É o cúmulo ter de rimar assim..
ter de viver assim...
Viver?

1 comentários:

Baú de espantos. disse...

todas as poesias são válidas, continue com seu modo único de escrever...
"Baú de espantos"