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27 de fevereiro de 2010

Desejo

Espreita minha cama, invade meus sonhos, caminha sob a pele um desejo fulminante. Sou tomado por pensamentos hostis de violência desproporcional, quero pegar à força outros sentimentos, pensamentos e ideias... outras almas, outras pessoas!

De repente o que possuo já não vale mais e, se vale, é como instrumento, como cartucho de um console ou como peça de um quebra-cabeça. Meu fim está por aí, um algo ou alguém que caminha desavisado sobre a falta que eu faço.

Devo alertá-la para os perigos de se andar sozinha, trazê-la para meus sonhos, dividir a minha cama... Só então o desavisado se avisa e o atormentado se acalma. A violência é justa, a violência é movimento, é desejo... é vida!

Faço disso mais uma fantasia dentre tantas outras, crio o alter-ego que toma para si o que lhe convém sem pensar nas consequências. Justo, dito que vivo tão somente das consequências, pago o preço por algo que nem lembro de ter comprado, diariamente.

Queria ser mais sincero com esse meu desejo de desejar plenamente, mas me traio a cada instânte. Quando penso no que quero, o que mais quero é chorar. Não me contentei em apenas ter medo de transmutar desejo em ação, já me censuro por sequer pensar nela. Ela é proíbida para todos, inclusive para mim e meus pensamentos torpes.

Fiz tão pouco de mim que já me cai como crime desejar não só ela como qualquer outra. Com ideias tão estéreis mutilei o ímpeto e a iniciativa, só me resta torcer para que, mesmo ermo e obtuso, eu ainda esbarre em alguém.

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