Música

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27 de junho de 2010

Hoje é Domingo

Dia chato, incoveniente e depressivo. Odeio domingos! Acho que, em parte, até mais que as segundas-feiras (Garfield que me perdoe). Parece que cada ação só serve para exprimir o cansaço. É lento, se arrasta. Vamos de sofá em sofá, trocamos cobertores e voltamos para a cama. O dia transcorre sob a forma de um enorme bocejo.

Qualquer filosofia de domingo deixa a desejar, as estratégias são fúteis. Espera-se resetar a semana que passou, acertar preparativos para a próxima; alguns buscam a regeneração (até mesmo do sábado que acabou virando outra dor de cabeça).

Estou de férias, bem verdade, mas domingo é domingo. E ainda que eu só va dormir na madrugada da segunda-feira, a tristeza culmina com a abertura do "show da vida", nem o Zeca Camargo aguenta mais isso! Parei de assistir, não se enganem, não sou masoquista, mas ficou impresso na memória. Chega a noite, me lembro da musiquinha.

Domingo serve para refletir sobre tudo aquilo que não deu certo. Também vou tentando resetar a semana, como quem apaga a pasta temporária do navegador, e me sentir mais tranquilo para errar novamente. Será menos ridículo se eu tiver esquecido.

Junto as dores de catorze noites: processo sete desgostos e antecipo sete fracassos. Não puxo a tristeza, é sempre ela que vem me buscar. Na época em que sofri com pesadelos, minha mãe dizia para me concentrar nos "pensamentos felizes". Não serei dramático novamente de dizer que não os tenho, mas penso em tantas coisas...

Sou distrativo, a madrugada é sempre cruel comigo. Tento me forçar ao máximo longe da cama, o desmaio é um sono muito mais gentil. Deitar e esperar que as luzes de meus pensamentos se apaguem é tortura, os pensamentos felizes não tem forças para conter os maus. Fantasmas e demônios me chamam para um inferno de auto-crítica e angústia.

Longe do leito, não escapo destes algozes, ainda os temo, mas os posso encarar de frente. Uso da música, da leitura, da escrita! Enfim, tudo que distraia. É difícil, arruína o relógio biológico, mas me permite salvar meu maior tesouro: a capacidade de sonhar.

Tranquiliza este combatente das madrugadas saber que quando eu fechar os olhos ainda a poderei ver. E digo mais! Vê-la em sua forma mais absoluta: o sonho na forma de sonho. Assumir que meu amor pela musa sempre foi uma ilusão me permite usar disso para aguentar todo o resto. E por acaso existe um amor real?

Preguiça de pensar, é domingo. Preguiça de testar a realidade também, isso é coisa para se resolver no sábado! E o que fazer quando todo dia é domingo? Com a constante promessa da transição do insuportável para o suportável, o que faço? Ceder, esquecer, se aninhar no sofá assistindo ao futebol (talvez um filme depois) e bocejar. Afinal, é domingo.

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