Música

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11 de julho de 2010

Indelicadezas do Comportamento Solitário

Peça aos leitores, sim, antes de qualquer consideração, um pedido (por que não?), que carreguem em si a indignação. Conformados e contentes talvez se confudam com minhas revoltas insensatas por racionalizações pesarosas e fúteis, por isso, vamos lá: se revoltem também! E, quem está feliz demais consigo, que procure falhas no outro...

Sentado no escuro, iluminado pela parca luz do monitor, confuso pelo sono e alimentação irregulares eu me distraio fácil. Fico ansioso por qualquer oportunidade de contato humano, queimo os fusíveis ponderando sobre atividades sociais futuras, sobre o que deve ou não ser feito. Estou de férias, caso não tenham percebido.

Descobri que não posso ficar sozinho, sou um solitário que odeia a solitude. A segregação da alma só é degustável em meio a outros rostos. A constante ameaça da dissolução em caldo insoço é que torna a pureza de minha essência caractér de nobreza.

Estar só por não ter escolha é ridículo, diminui o espírito na ansiedade pelo contato. Preciso estar no controle da solidão, não testaria minha força sem ter a quem afastar. Mas todos fogem agora, exceto esses fantasmas com os quais cansei de lutar.

Tudo é ridículo, adquiri um completo desprezo pelos meus próprios sentimentos. Desprezo esse que envenena... odeio a todos. Olho de cima as almas pequenas que tentam me entender, ou até as que conseguem, e suas compreensões simplistas me enojam. Pergunto a elas: "Quando foi que se tornaram tão chatas e tediosas?"

Não imagino pior insulto...

Quem não complica merece o desprezo, é o que parece, além de mim, obviamente, que sou o próprio desprezo. Já fui tristeza, já fui frustração, essa noite sou o desprezo. Nada me interessa do que qualquer um possa fazer, perdi a paciência e o ânimo de esperar algo desse mundinho de coisas que compõe o meu Tédio.

O que surpreende dá medo...

Não é a toa que nada mude, sou eu que forço. Se cansei de dar espaço para a mudança, não é por falta de esperança: é por excesso. Sou jovem e me sobra desejo, não serei daqueles idiotas que negam idiossincrasias inegáveis para se sentirem especiais: a alma é jovem e o desejo fulmina... nem que seja de morte quando estou imerso na angústia.

A vida inteira me disseram que sou calmo e comedido, muito tímido, dá medo remover esse rótulo/lacre agora. E não falo de ser meramente impulsivo, não! Isso já foi aceito por mim e pelos outros, falo de fazer jus a todo o desejo. Isso que me assusta.

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Nos últimos dias, a clausara vem sendo ameaçada, o Tédio já começa a entediar e escrever sobre ele não resolve o pânico. É outro dos inúmeros pontos de virada que vislumbrei nesse blog. Mais alguns dias e completo dois anos como Escritor em Treinamento, é chegada a hora de ser efetivado, não acham? Se isso for possível...

Difícil conceber qual seria o próximo estágio, se é partição de uma continuidade ou se é ruptura, quanto mais advinhar o que deve exatamente ser feito. Escrever um livro, desistir completamente da escrita, ou, ainda, continuar a fazer o que faço no acúmulo da suposta sabedoria que adquiri na experiência - a perpetuação do aprendizado. Todas opções.

Resta esperar que a metamorfose se complete.

1 comentários:

Iara De Dupont disse...

Espero que a metamorfose já tenha se completado...bem legal esse texto...
Ah, eu adoro o Discovery! Principalmente quando passam programas sobre tubarões, minha paixão mais sincera. E adorei esse do indice da maldade !!!! Mas vou te falar, acho esses psiquiatras forenses uns bobões ! É interessante o que fazem,mas eu acho que a maldade não vem da mente, vem das tripas. Sabia que 80% dos animais maltratados no planeta são maltratados pelos donos ? Por isso achar que quem tem cachorro trata bem é meio bola fora.
Mas fica frio, adoro o Discovery, sempre assisto, não falei mal dele não!
beijo