24 de setembro de 2010
Epitáfio
Do engano, fez sua ponte para a felicidade. Foram nós de mentiras e tábuas de ilusão sua ligação com o mundo. Descobriu, já muito tarde, que o erro nunca esteve em si - seus sentimentos seriam sinceros enquanto ardessem no peito, não havia porque duvidar! - pecava na esperança, a vã expectativa de dividir seu mundo com outra pessoa. Amou o suficiente para entender que nunca soube o que é exatamente esse tal de amor. Deixou somente a si mesmo, não criou falta verdadeira em mais ninguém. Por fim, encontrou a calma para seu espírito inquieto, antes mesmo da morte. Viu-se salvo em seu narcisismo, de todos os amores foi, o amor-próprio, o único bastante para sua intensidade.
1 comentários:
Sem explicação ,mas entendi, ou espero ter entendido .Lindo texto, bem interessante essa nova modalidade, abreviando o que não se pode abreviar,mas tá ótimo.beijo
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