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12 de outubro de 2010

Poder & Força

Estava condenado desde o momento em que despertei, pois quem já viveu de sonhos, e "de fato" vivi, jamais vai se contentar com planos e metas. É tentador voltar a falar em decepção ou frustração, mas a chave de tudo é só mais um equívoco...

Julguei que podia tudo, arrisquei agregar o futuro à uma existência frágil que pouco aguenta responsabilidades e paguei o preço - certos enganos cobram caro. No entanto, vale dizer, não me enganei na ciência de meu poder, naquele momento e até mesmo em outros, sou feito de possibilidades tão múltiplas que beiram ao infinito.

Qual seria então o problema?

Não enxerguei a distinção entre o poder como denotativo do possível e o algo mais para realizar a possibilidade. A energia para trazer à tona uma ou outra alternativa está na força que cada um possuí e esta, em mim, está quase esgotada. Possuo o poder, mas não a força e ainda encontrei nesse engano um dreno contínuo da energia restante.

Esse desequilíbrio deslocou meu centro de gravidade para vontades exteriores. Sendo assim, por mais que eu crie e ansei pelas possibilidades de um ser que só se expande em desejo e angústia, tenho de pedir emprestada a força de projetos exteriores que legitimem minha própria existência. Serei aquilo que julgarem conveniente.

A essência é fixa nas vontades retrógradas, no incoveniente e impróprio, essa não se move. Mas todo o resto vai sendo extraído, arrancado do peito a força pelo novo centro de gravidade - um nova inércia que dilacera a alma e violenta o desejo.

Temo que possa chegar o dia em que vou deixar de existir, mas ainda estar aqui, temo ter que tomar atitudes para corrigir o universo, pois, não tenha duvidas, serei violento, estúpido e bruto comigo mesmo e com o resto do mundo para ser, ou ao menos parecer, definitivo. A falta de força me obriga a ser incisivo em cada respirada.

Afinal, pode muito bem ser a última...

...ou antes pudesse. Ao contrário do que Shakespeare e outros talvez tentem mostrar, ninguém morre disso. Padecerei com a humanidade o destino de Prometeu amaldiçoado com a regeneração das vísceras para poder sofrer a dor eterna do castigo da vontade.

1 comentários:

Iara De Dupont disse...

Ninguém morre disso? Morre sim viu ?
O interessante é que tudo ainda está sendo vivido...mas nem por isso está sendo escrito......

Voltando ao mundano, não te vi hoje lá ,tudo bem?
O outro dia a gente conversava e a luz foi embora .
Eu ia dizer que espero que tudo esteja bem,mas lição que aprendi essa semana, não espere nada ....rsrs

beijo , saudade, saudade