Música

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8 de novembro de 2010

Anotações do Estagiário

Nesta segunda-feira, comecei a semana em alto estilo: seminário com o pessoal do estágio. Aos que não sabem, informo que estagio no Arquivo Público do Estado de São Paulo sendo o seminário então sobre essa área incrivelmente interessante.

No nobre intuito de preservar as diversas catarses intelectuais obtidas pelos ouvintes mediante aos magnânimos discursos dos seminaristas, foram distribuidos bloquinho de papel e caneta para anotações junto de um kit com outros ítens básicos como a programação do evento e a Tabela de Temporalidade (não me pergunte).

Em dado momento, pus-me a escrever alucinadamente. Durou coisa de cinco, no máximo dez, minutos. Apresento-lhes o resultado:

Deram-me um bloquinho de papel e uma caneta, quiseram-me pronto para o registro de suas futilidades e fustrei suas intenções no recorte de mim mesmo. Nasci com os olhos voltados para dentro e enxergo mundo refletido no sangue que bombeia meu coração.

Dou valor somente a experiência tingida na paixão. Meu ímpeto, minha inspiração, só se preza ao vital, ao que enriquece minhas veias na maré das emoções.

De meu lugar, vejo um homem pequeno discursando sobre coisas vazias - ou, indo mais além, um homem vazio discursando sobre coisas importantes que acabam pequenas em sua fala apática. A distância nos dá perspectiva: só se mantém grande, ao longe, aquilo que é grande por essência. Tal qual a saudade que eu sinto agora...

Esse amor cresce no horizonte quando deveria atrofiar diante do empirismo da vida prática. A rotina satisfaz e preenche as lacunas deixadas, mas, por algum motivo, não cura a falta. Ainda que o buraco no peito possa se fechar para que eu siga em frente com tranquilidade, as feridas internas cobram atenção e eventuais hemorragias vem com o turbilhão de lembranças engatilhado por um aroma, uma música... uma palavra.

E sou seu mesmo no eventual silêncio das memórias quando me esqueço de você, sou seu principalmente nesses momentos breves quando não preciso pensar, apenas sentir. E como me faz mal esse negócio de sentir! Vêm-me sobretudo medo e tristeza, mas, mesmo assim, não tenho dúvidas de que valeu e ainda vale a pena. Nunca ninguém me fez tão mal... nunca ninguém me fez tão vivo!

somente ela sabe do que falo...

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