Outro dia me peguei pensando no porquê desse quadro desolador de desesperança, como poderia ser a humanidade real tão diferente do conceito, das pregações religiosas e positivas acerca da benevolência natural do espírito humano?
Esses humanos "reais" parecem-me uma segunda humanidade, é difícil negar o ideal mesmo ante a tantas provas, talvez porque me caiba aquela grande ingenuidade inerente a todos: a esperança. Mesmo assim, é valido o exercício, pensar em respostas, ainda que não me leve à algum lugar preciso, me fará sair do lugar - e isso basta por essa noite.
Penso que os melhores de nossa espécie, ao olharem o mundo pela primeira vez, dele desistiram. As almas excepecionais da primeira humanidade foram espertas o suficiente para notar que esta raça não merece qualquer apreço ou talvez sensíveis demais para resistir ao primeiro sopro de maldade injustificada sem convulsionar em estado febril.
Alguns, no entanto, passam - são os indecisos. Veem o cenário desolador, veem a humanidade, mas não creem na perpetuação do mal, vislumbram o futuro - são também visionários. Acham-se no dever de pelo menos ter ideias e alguns poucos ainda se metem a agir. Sua expecionalidade os faz sangrar o peso da escolha errada durante a vida toda, sabem muito bem de seu erro, sempre souberam, mas são almas hesitantes.
Importante lembrar que mesmo a segunda humanidade tem de seus indecisos, a hesitação não é caractér de nobreza. Também lembremos que os idiotas e limítrofes, os que custam a entender e por isso se enroscam e se enxem de dúvidas, estes só tangem a primeira humanidade pela inocência - já a ignorância, esta é imperdoável!
Reconheço que o pensamento tem
Mas é isso. Faz sentido, não faz?
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