Desenrola, desata esse nó que existe entre nós. Deixa fluir, se liberta! Esse é sentimento que se sente assim solto, não é preciso ter pressa. Aguenta meu silêncio, se acalma! Que também eu tentarei me contentar com essa angustiante falta de palavras...
Já passamos por todo o alfabeto, vasculhamos a gramática e na sintaxe te promovi de objeto a sujeito: o eu te amo já não resolve, amamos nós (intransitivamente). Fica difícil, ou até desnecessário, dizer muito além do que já foi dito. Uma solução possível seria codificar mais ações do que sentimentos em meu discurso, pois dos últimos já estamos mais do que cientes.
Restaria então indagar do que será de nós...
É tempo de ser mais objetivo! De lhe confessar que mais me interessa repetir e continuar o nosso último abraço do que procurar maneiras inéditas de declamar sobre um sentimento velho conhecido. Ok, sei bem, hipocrisia minha dizer isso em uma declaração de amor...
Nesse momento, seria mais lícito lhe enviar um afago, mesmo que ainda no plano simbólico das palavras, do que qualquer elogio ou tergiversação de nossa história. Hoje, por exemplo, despachar-lhe-ia um abraço delicado à princípio; contido, frágil - a vontade é a de te sentir e te explorar com cuidado e depois deixar a paixão aumentar exponencialmente...
Gradualmente a seguraria mais e mais firme até que se esquecesse de como era a vida fora de meus braços, me afastaria alguns centímetros e lhe beijaria a fronte em respeito e devoção aguardando que teu sorriso e o nosso desejo nos dissessem o que fazer a seguir...
Sem palavras - algumas ainda me restam, mas boa parte delas se foram... confiscadas por aquela que veio para me ensinar que sentir é muito mais fácil.
Preciso dizer mais alguma coisa?
1 comentários:
Adorei o post
sentir é muito mais fácil...
concordo plenamente com vc. Basta o senntir não precisa estar falando.
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