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17 de junho de 2012

Caos Calmo

- para Ana

Escrevo como apêndice de outros pensamentos, escritos ou não, sobre todo o cansaço que me abate dia-após-dia e me faz desejar tanto o travesseiro; escrevo para lembrar daquilo que me faz acordar dos sonhos de que nem sequer me lembro (não à toa), porque dormir é bom, mas a vida só acontece quando estamos acordados, quando meus olhos, então abertos, podem se encontrar com os seus.

A paz me é estranha e por isso até indesejável, pois bem deve saber da minha relutância em abraçar e aceitar tudo o que é novo, ideias e sentimentos (pessoas) que à minha neurose, ao meu Tédio, torna as novidades mais barulhentas do que recém-nascidos. E tenho essa paz contigo, meu porto seguro, minha amiga e companheira que me desafia em toda a minha contradição. É uma paz custosa, difícil e até duvidosa em certos pontos, um "caos calmo" de duas almas que batem de frente constantemente, pelo desejo e dissonância de nossos espíritos, mas no contato não se repelem e a cada vez que tomam distância para um novo choque levam consigo, colados por toda a parte, vestígios um do outro.

Alegria e felicidade são temas complicados para a minha escrita, embora por essa complexidade e dificuldade nada devessem ao escritor por fornecer um manancial constante de ideias e palavras, mas em mim não raramente se tornam notas breves. Quiz que eu escrevesse sobre algo mais feliz e agora escrevo sobre você, para você, nada mais justo, nada mais certo. Peço desculpas por tão poucas palavras por um sentimento muito maior do que elas, pois é amor o que eu sinto, mesmo cansado e cético.

E todo esse amor que sinto agora, por mais sábio e mais calmo que se porte, não se coloca acima dos outros que vieram, não é isso. Amores são sublimes, não competem ou se sobrepõe e sinceramente me afligia com a possibilidade de não ter mais espaço pra nada com toda a bagagem que acumulei, mas então, para a minha felicidade, veio você. O coração não se dimensionava assim, pelo visto: há sempre espaço, há sempre amor e a oportunidade de aprender novas formas de senti-lo e um viver sempre por se renovar.

Hoje, enlouquecido por essa vontade de dizer tudo em um pequeno espaço de tempo (e de papel, pois são escritos direto de meus rascunhos) julgo ter aprendido algo, sentido algo e quero compartilhar com o mundo e declamar a você - espero ter conseguido, pois a inspiração já me deixa e o cansaço novamente surge. Eu te amo, e isso é tudo.

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PS: A despeito de toda a melancolia que podem porventura destilar essas mãos tremulas no papel, espero que possa entender a felicidade que advém de todo o processo, do ontem tão triste e do hoje triunfal. Sou o mesmo... e já não digo isso como coisa ruim.

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