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24 de junho de 2012

Hoje eu não vou, hoje eu não digo, não quero dormir, comer, nem fazer nada; hoje não odeio o mundo mais do que ontem ou ante-ontem, não tenho motivos para me revoltar, me olho no espelho e me acho bonito, penso que seria uma pena ficar em casa (é fútil, eu sei), ficar e não mostrar à alguém o quanto estou bem e me sentir bem por isso, mas será que estou bem mesmo? Só sei dizer do que não sinto, do que não sou. Hoje é um dia de nãos, uma negação que me empurra pra baixo, me empurra palavras, me empurra o peito e me deixa sem fôlego. Dá vontade de desistir de tudo, hoje dá, ou melhor, hoje não dá mais. Hoje é o dia em que o suicida se mata, o depressivo se amortiza e o viciado busca a anestesia; hoje é um dia de fazer coisas para todos, mas não para mim: me deixa em casa! Me deixa estar! Me deixa começar a frase assim, deixa-me não soa legal, é pretensioso, esnobe. Hoje os parágrafos tiram folga e o meu medo de ser repetitivo, nas palavras, nas ideias e na metalinguagem de falar de tudo e de como escrevo [e de explicar cada detalhe(como esse)], parece bobagem. Tenho sono, tenho fome, tenho vontades, tenho paixões, o que não me falta é a vontade e tão pouco sofro de insuficiências para fazê-las cumprir, mas hoje não, hoje não! Não quero com isso que o mundo pare, não quero com isso adiar, nem cancelar, pois isso seria planejar, enxergar além do "não", fazer estratégia, concluir o texto de forma propositiva - nada disso. Tem cigarro nessas linhas, tem tristeza nesses pensamentos, mas não é a nicotina nem o coração amargurado que me motivam, nada me motiva. As vontades e anseios jazem lá incólumes, os planos traçados, guardados em plantas secretas como mapa de tesouro escondido e eu aqui não fazendo nada (um bom caso para justificar a dupla negativa que possibilita a nossa língua, já que fazer nada já seria algo). Hoje eu não sou um escritor, no máximo um blogueiro ou pior.. jornalista, noticiando dores próprias com uma propriedade que não possuo, querendo formar a opinião do leitor, idiotizando a mim e ao outro. Mas não se preocupem, parece terrível... mas não é nada.

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