Exatamente como o título sugere vou falar do ouro do nostálgico: a memória. Impossível esquecer, por mais que se tente estaremos a mercê de uma repetição incessante de certos acontecimentos em nossa cabeça. Os usaremos como parâmetros para julgar o nosso presente. Uma bela lembrança se torna instrumento de tortura quando o tempo a distorce tornando-a cada vez mais bela e cada vez mais distante.
O tempo transcorrerá normalmente até que o que tivemos, ou que achamos que tivemos, somará mais do que o que poderemos ter na melhor nas hipóteses. Viramos escravos de um engano. O passado perfeito se perde, o futuro imperfeito desanima tornando o presente ordinário insuportável.
Mas por mais que seja perigoso, não conheço veneno mais viciante. Depois de tanto tempo, já me embriago de recordações e cambaleio anestesiado com um sorriso estampado na cara. Só espero conseguir sobreviver a ressaca.
0 comentários:
Postar um comentário