Procura-se amor

"Puxa vida, que título mais brega, mais desesperado". Esses talvez sejam os primeiros pensamentos conduzidos por vocês, certamente foram os meus, mas só estou explicitando um sentimento inerente a todos nós: a procura pelo amor.

Estou mais feliz do que em muito tempo de angústia, estive muito tempo perdido para então me encontrar. Um pouco de agito me serviu de incentivo para continuar otimista mesmo quando tudo parece dar errado, mas ainda falta algo.

A tempestade que antecedeu meus dias de paz, as chamas que desolaram o meu mundo, as prisões nas quais fui encarcerado, sinto falta de tudo isso. Falta aquele algo mais que nunca tive, mas podia ver tão claramente: o estar apaixonado.

Assisti a distância amores indo e vindo sem serem consumados. Rejeições presumidas, sequências inconclusivas, sempre faltava o final. Ao menos tinha o começo. O que tenho agora são apenas minhas memórias para aquecer o coração.

Já não sei se ainda amo, ou se revivo incessantemente uma paixão que já teve seu término a muito tempo. Se fosse a ocasião de apostar teria de recorrer a segunda opção, o que sinto se assemelha mais ao desespero que a qualquer outra coisa.

Mas a dúvida persiste, uma simples escolha não me livra de pensamentos tão pesados, é preciso uma prova. Fica então meu pedido: que me atinja a mais fatal das armas, que me abale o maior dos terremotos. Hora de sentir o amor do qual não preciso duvidar.