Não comecei muito bem este mês, com certeza não. Perdi muita da minha força para dobrar sentimentos em palavras, transcrever as dores já não é tão fácil. Sim, chegou mais um dos incessantes fins sucedidos pelo recomeço (assim espero).
Movimento previsível e desprezível, mas no entando não deixa de ser sincero. Conhecer o problema é só mais um passo na arte da recuperação. O que posso é fazer deste espaço meu confessionário e dar a vocês as poucas palavras que tenho.
Entrego-me nesta tarefa não por caridade, mas por orgulho. Detesto a idéia de que posso estar perdendo esta habilidade recem adquirida. Ela esta desvanecendo, bem como a adoração pela musa. Não consigo trabalhar com modelos tão distantes.
Outrora vivia plenamente o que tratava aqui neste espaço, podia então relatar com exatidão cada tateada nas trevas de minha mente perturbada. Agora trabalho com a memória, com o passado. Não simples memórias de acontecimentos, mas memórias de sentimentos.
Este mármore é muito mais desafiador e resistente para ser esculpido, mas certamente trará um resultado muito agradável. É hora de deixar as esculturas de argila para trás, a obra-prima esta por vir.
Será mesmo que eu acredito nisso?
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