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11 de outubro de 2008

Lamentos novos

Quebrando um pouco a rotina vou mudar a tema de minhas reclamações. Não pecarei por deixar de reclamar ou até falar de como é florida e perfumada a vida, afinal não sou um idiotinha qualquer, continuarei a deixar minha marca pelo sofrimento.

Já não sofro por amor, eu não acredito em tal miragem, as preocupações são mais práticas, simples e, portanto, cruelmente visiveis. Posso encarar de frente repetidas vezes a raiz de todos os meus problemas quando acordo e olho no espelho.

Encontro o grande inimigo dentro de mim mesmo. Um gênio do mal perfeito alojado no peito, um coração inquieto que deseja tudo aquilo que não pode ter. Poda minhas esperanças com expectativas irreais constantemente negadas a duras críticas.

E quando já débil e cambaleante projeta uma miragem de felicidade: o amor. Apaixono-me e encontro refúgio de todas as minhas aflições atrás da doce adorada que provavelmente não passa de uma imbecil que não compreenderia metade de meus pensamentos.

Tudo isso só para ganhar outra cicatriz exatamente igual as demais, não aprendi nada afinal. Pensei ter sido este o golpe final, uma chance para o descanso, mas esse inimigo é destemido. Impulsivo, desligado e preguiçoso, uma verdadeiro inútil é o que me torna.

Não consigo mais escrever e colocar para fora o que carrego com tanto esforço nestas costas que não aguentam mais um grama de decepção, esta tudo preso, amarrado e insisto em continuar caminhando a esmo. As idéias estão soltas, o textos não são revisados, estou perdido.

Procuro refúgio então na idéia de que sou azarado, mas até subterfúgios que, por si só, também são prejorativos me são negados. Tenho então que enfrentar de frente o quanto sou limitado, desprezível, fraco, um qualquer.

A única habilidade que me restou foi a habilidade escrever e por um tempo até achei que bastava, pelo menos enquanto me achava especial. O ego me foi acariciado repetidas vezes, mas eu sei a verdade. Lamentos adolescêntes de um sujeito de dezoito anos não tem qualquer validade.

Não se enquadra no lixo consumido pelos demais idiotas que compartilham destes sentimentos vulgares nem na produção de bom gosto na qual meu trabalho não se enquadra nem na segunda linha de produção. A validez do que escrevo, do que sinto, é nula.

Qual a conclusão? Não posso fazer do meu sofrimento nenhum uso. Nem como experiência, nem como reclamação, nem como material de escrita, é tudo em vão. Sendo ateu também não acredito ser uma provação maior e nem rezo para um salvador.

Sei que a culpa é minha e também que se já me coloquei nesse buraco nada impede que eu faça de novo, de novo e de novo. Para que oferecer uma escada a quem só quer é se afundar cada vez mais? Para que jogar uma bóia a quem se afoga se o barco vai se afastar em seguida?

Não sei o que fazer ou o que sentir. Quero chorar, gritar, me enfurecer, parar, mas só consigo seguir em frente cada vez mais vazio. Como nada disto tem valor acabei por me livrar da bagagem extra e por consequencia de meu maior vilão: o coração.

Voltando aos lamentos repetidos volto a reafirmar o temor de outrora: logo mais nada me afetará e, portanto, não serei nada. Medo irracional pois, já me adiantei a muito tempo. Nada sou nada além dessas palavras que você lê..

Tão cheias de significado... tão complicadas.... escondendo sua simplicidade..... sua irrelevância...... até que desapareçam

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