Música

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17 de outubro de 2008

O apaixonado

A esta altura, quem leu, já deve ter percebido que todos os personagens que crio não são de um todo fictícios. Carregam sempre algo meu, sejam desejos obscuros, preconceitos ou, como escreverei a seguir, algo muito mais explícito.

ADVERTÊNCIA: conteúdo tão fictício quanto real (e tão redundante quanto possível).

Ah, o amor! Primavera febril dos sentimentos em polvorosa prontos para explodir em mil palavras que agora escrevo. A sensação de eternidade, permanência da inquietude estimulante que me faz saltar da cama apenas para ve-la mais uma vez.

Uma vida inteira a serviço de poucos segundos. Tudo o que passei, tudo o que aprendi, só tem utilidade se prestar a causa de conquista-la, de faze-la sorrir, de faze-la me amar. Estou de mãos atadas, percebo minhas inaptidões para a tarefa.

De longe a observo consecutivas vezes na esperança de atrair o seu olhar, mas só o que consigo são esperanças perdidas no vazio de minha alma que, incompleta sem este amor perfeito, se alimenta agora da rejeição.

Vivendo de angústias e sofrimento minha alma adoece desnutrida como uma criança mimada que apenas se alimenta de guloseimas. Fraco, perco as forças que me levariam a atrair o seu olhar, iniciando assim um circulo vicioso.

Fui fadado a ruína desde a primeira troca de olhares, desde que soube ser seu sorriso o mais belo deste mundo portegidos no aconchego dos lábios mais doces. Resalvo que o sabor de seu beijo não passa de expeculação nos meus delírios incessantes.

Enlouqueço ao ver a situação sob uma perspectiva privilegiada e notar todos os meus erros e tolices. Que cruel é o criador para me dar sabedoria de reconhecer minhas sandices e a tolice para continuar a acreditar no erro certo.

Logo os sonhos vívidos em que a possuia em meus braços são substituidos por pesadas noites insônes refletindo sobre o desprezo que não cansa de me dar. Quando o sono vem é apenas para me imergir em pesadelos tórpidos onde a imagino sumir no horizonte.

Por fim cedo as dificuldades e procuro esquecer este vício, tudo em vão. Logo muda-se o objeto de admiração, mas não os resultados. Apaixonarei-me enquanto viver, terei meu coração ferido enquanto me apaixonar e a dor tratará de me manter alerta para a próxima.

1 comentários:

Inimigo imaginário disse...

Sofrer por amor, talvez seja o único sofrimento que possa de fato valer a pena. Ou não. É relativo.