Hora de finalizar esta bendita história antes que eu me esqueça. Parei-a quando estava em meio a uma aula a noite completamente distraido. Foi então que algo me chamou a atenção, algo completamente coerente com aquele dia em que nada deu certo.
A alguns metros de onde eu me encontrava (canto direito da sala), mais para o centro, eis que se forma uma goteira. Isso mesmo, uma universidade tão conceituada com problemas de goteira. Já sabia que o prédio estava em más condições, mas nunca encarei assim de frente um deles.
Diante daquela situação ao estilo "rir para não chorar" as pessoas afastam suas carteiras e a aula prossegue. De nada adianta, poucos minutos depois a goteira aumenta formando um pequeno lago obrigando o professor a interromper a aula, a classe ja estava muito dispersa.
Foi se então uma garoto buscar um balde para conter o vazamento que só aumentava. Minutos depois ele me aparece com um baldinho de plástico de paçoquinha. Risadas tomam o ambiente. Incrível que mesmo diante de tudo isso o professor ainda conseguia dar seguimento a aula.
Em meio a fotos de celular e comentários sobre como o baldinho enchia rapido a aula continuou até que mais uma goteira apareceu. Desta vez eu tive ainda mais "sorte", esta apreceu bem na minha frente obrigando-me a recolher minha carteira para trás e me espremer com outros fugidos.
O destemido professor, após mais fotos com celular da classe eufórica, contém a sala e consegue terminar a sua aula. Durante ela as goteiras vão se extinguindo e as pessoas se acalmando depois daquela barbaridade. Hora de voltar para casa finalmente.
Caminho até o ponto empunhando meu guarda-chuva para me proteger da água que ainda vertiam os céus. Chegando lá percebo um fenômeno peculiar, por ser inclinado o piso acompanhando a ladeira, havia um fluxo de água a nossos pés.
E é com os pés lavados que espero por volta de meia-hora o ônibus salvador, demorou, mas eu já não ligo para nada. Sentado no ônibus olho para a janela repassando as imagens daquele dia, não pude contar para ninguém ainda, estava preso àquelas memórias.
Decido então descer antes do ponto que minha mãe costuma me buscar e então fazer o percurso a pé para relaxar um pouco na caminhada. Que idéia infeliz, estava cansado e a calça insistia em ficar caindo, precisava a cada 5 minutos puxa-la para cima.
Unido a isso precisava empunhar o guarda-chuva ainda com uma das mãos enquanto me preocupava com a calça. A barra já se molhara completamente, mas 15 minutos depois chego em casa e começo a elaborar o texto do blog. O dia finalmente acabou.
OBS: No dia seguinte eu perdi o celular
0 comentários:
Postar um comentário