Música

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16 de agosto de 2009

Balada

Era hora de sair para curtir a noite paulistana como um outro qualquer, deixaria esse meu lado alternativo e ousaria ser espontâneo. Não preciso explorar sempre os lados mais misteriosos e sombrios da vida, um passeio pelo mundano serviria bem a estes pulmões q exigem ares de normalidade. Afinal, não tinha nada a perder... mentira.

Olha, ainda que a estadia solitária em casa seja terrível lá fora pode ser um lugar muito sujo. Comecemos pelo nome que se dá a essa saída infame para beber e se esfregar em corpos anônimos: balada. Puxa, palavra de gente preguiçosa expelida quase como um cuspe, seu som infantil faz com que eu me sinta mais burro cada vez que pronunciou ou mesmo a ouço.

Eis que, emburrecido e sem opção do que mais fazer na sexta a noite, decidi atender o sugestão de uma amiga dos tempos de colégio que propõe uma... uma saída. Vou até a casa dela, esperamos um pouco até um horário mais interessante e então saímos. Hora do agito!

Após algumas deliberações de que ônibus pegar, ou mesmo de aonde estaria o ponto que o site da sptrans acusara, chegamos ao nosso destino. Mesmo que ainda não aberto o lugar já mostrava a que servia como que se apresentasse a mim: barraquinhas de bebidas à frente do estabelicimento mostravam o quão criminoso era estar sóbrio e as vestimentas curtas das moças sem qualquer pudor que bebidas e dança eram ritos para uma terceira coisa.

Reflexões à parte procurei conversar com minha grande amiga e descobrir um pouco sobre a noite que se seguiria, que decepção. Primeiro sou informado de que ela em nenhum momento suspeitou que fosse interessante chamar uma amiga para que eu pudesse conhecer; segundo, que esses amigos que viriam nem eram tão amigos, ela mal os havia visto pessoalmente.

Eu estava profundamente encrencado, mas pensei que poderia ao menos dançar e beber para me afastar de todo o resto que me assombrava. Chegados os "amigos" de minha graaande amiga nós entramos na... na casa noturna. Música alta e área para fumantes, 20 reais de entrada no entanto, e as bebidas não deviam ser muito baratas também.

Não me abalei, decidi então maneirar nas bebibas já que ao menos poderia dançar e conhecer aquele pessoal divertido. Minha timidez devia ter melhorado não é? Não. Já é difícil interagir em um ambiente neutro, fazer amigos em um lugar barulhento e sendo caçoado por seus passos completamente erráticos fica ainda mais complicado.

Era essa a situação: não podia beber o suficiente para ficar bêbado, não podia dançar muito sem as bebidas para aguentar a crítica alheia (ou mesmo melhorar a desenvoltura e quem sabe dançar de forma mais normal) e a "terceira coisa" me foi negada pela minha muy amiga que naquele momento... estava conseguindo a terceira coisa para si!

Os momentos seguintes foram críticos. Procurei me divertir e dançar o quanto pude com o nível de alcóol realtivamente baixo, só o suficiente para achar música eletrônica divertida. Em dado momento a dança acabou e ficamos em uma área aberta onde procurei me entupir de nicotina para suprir o alcóol e não sair novamente a pé 4km em direção a minha casa (já fiz uma vez quando me senti desconfortável em uma... uma saída noturna).

Cigarro vai, cigarro vem e minha amiga ainda estava confraternizando por aí. O último rapaz em especial estava demorando, o foda era que tudo acontecia na minha frente. Aquilo não me enfurecia por ciúme, qualquer sentimento amoroso evaporaria depois dessa atitude dela, mas por me deixar alí praticamente sozinho fumando até não poder mais para não enlouquecer.

Quando finalmente fomos embora não consegui repreende-la, apenas me culpar por estar naquela situação sabendo dos riscos. Depois ainda fico um tanto triste por saber que ficar em casa talvez fosse ainda pior. Pegamos os ônibus necessários e eu a acompanho até em casa sob o sol que agora aparecia timidamente.

Ela me convidou a entrar e eu, por algum motivo aceitei. Tomei um copo d'água e respirei fundo, acabara. Após alguma conversa ponho-me para fora, despeço-me e trilho o caminho de volta para casa refletindo sobre a vida que vou seguindo, sobre a ressava que eu possivelmente sentiria no dia seguinte. Decidi parar de fumar e joguei o isqueiro em uma caçamba de entulho.

Pois é, simples assim. Chega de aventura, chega de cigarro, chega de balada. Em casa esquentei um resto de yakisoba do dia anterior e apaguei.

1 comentários:

Kel disse...

Se você não gosta, é uma cilada mesmo, haha.
Mas com certeza existem outros tipos de balada que podem te agradar (:
beijos! ;*