Música

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21 de setembro de 2009

Movimento (coisas)

Acho que cansou o m.o. de ateu-deprê-suicida-que eventualmente-diz-coisas-bonitas, o processo não produz muitos ganhos. Não, corrigindo: o processo não produz nada! O exercício mental só me limita e mesmo pensar em não pensar já constitui parte desse beco sem saída. Enfim, cansou.

Melhor acreditar em algo e na falta de uma crença genuina macaquear o otimista pró-ativo e recitar mantras do bom cidadão, cantos do homem produtivo. Questão de fazer algo, não importa o que, aliás... importa assim! Sair sem prioridades me levaria de volta ao tédio.

Tenho algumas coisas em mente, coisas banais, mas são coisas. Coisas são importantes na vida de uma pessoa. Uma delas seria arrumar um emprego, um estágio na minha área de preferência, espalhei meu currículo por aí e obtive algumas respostas. Ano que vem, ou mesmo no fim desse, com certeza estarei ganhando meu dinheirinho e ocupando a cabeça.

Outra coisa, que como coisa não devo ignorar, seria aprender um novo idioma. Alemão, russo, holandês, qualquer coisa pouco típica e que em algum momento tenha despertado algum interesse. Chega do costumaz inglês, hora de se aventurar um pouco e ir além. Essa coisa é questão de decidir, sei dos meios pelos quais seria possível.

Depois ainda a coisa vaga, botar a vida nos trilhos, tirar a carteira de motorista, ler os textos atrasados, passear com os cachorros e etc. A coisa vaga é sempre vaga e sempre coisa. Importante e nunca realizada, a partir do momento que o é deixa de ser coisa vaga e outra coisa toma seu lugar neste posto. Coisinha chata!

Claro que fingir acreditar não chega nem perto da fé verdadeira e a desculpa de se estar performando uma fraude te seduz a largar tudo. Não importa, de qualquer maneira estarei errado. Melhor que eu me mova... mas não fuja!

Nessa distinção que eu posso me perder, terei de filtrar muito bem o que é progresso e o que é fuga, nem tudo que tira o fôlego é proveitoso (veja por exemplo essas paixões sem sentido, veja o cigarro). Escrever acabou se tornando fuga, o que me leva a última coisa.

Ler, mas ler pra caralho (com o perdão da expressão). É bom ter uma base crítica para o mundo, sair lá fora desguarnecido é loucura. Talvez seja justamente por isso que eu vivo voltando para casa, a base teórica é frágil (sem chance de exercitar a base técnica).

Com isso vou extinguindo meu lado escritor em prol do leitor. Ao meu ver quem se empanturra de leituras acaba ficando carregado demais para escrever com uma autoria mais assente. Você fica inseguro, fraco, não arrisca mais tanto e plagia sem perceber... ou percebe mais quando repete pensamentos. Uma troca de fraquezas.

Continuarei escrevendo, no entanto é óbvio que as coisas não serão iguais. Serei tragado de volta para o mundo e o semi-autismo que motivou a escrita inicialmente deixará de existir. Tanto falei em suicídio e nem percebi que isso tudo é eutanásia.

A coisa final, é isso. Estou vendendo a minha alma de volta para o mundo, serei parte do resto, serei resto. Por mais que isso me enoje é necessário, demonstrei não ter a força para aguentar uma vida extraordinária. Adeus.

1 comentários:

Kel disse...

Arrumar um emprego, falar outro idioma, se estabilizar na vida são projetos que temos em comum hihi :D