Já fazia algum tempo em que eu não simplesmente escrevia o que viesse à cabeça como quando comecei esse projeto. Aquela escrita mais truncada cheia de adjetivos mal colocados e uma indolência atroz que não permite nenhuma revisão, ortográfica ou de qualquer espécie.
Tanto fui ler nesse período que fui me tornando ambicioso, queria estar entre os grandes ou ao menos ter material digno de ser lido e entendido por uma quantidade razoável de pessoas. Não que isso seja errado, mas é um desvio. Hora de voltar às origens, hora do tédio.
Nada mais apropriado do que a madrugada para me inspirar (um cigarro e um coração partido também ajudam) vamos lá. Este ano está sendo duro e, diferente de 2008, esta custando muito a passar. Em breve aniversario, ainda assim não sinto a mínima vontade de celebrar.
Parece ridículo comemorar algo tão pequeno como um ano a mais nessa existência errante, insignificante e patética. Vale a pena só se for o alívio de ter sobrevivido, ou a surpresa, por diversas vezes achei que morreria. Seja o medo, a tristeza ou a raiva, havia sempre algo dentro de mim meio sombrio e agourento.
E cá estou, ou cá não estou. Não sei se sobrou muito de mim dessa aventura, depois desse fim de semana prolongado então... É incrível, nunca diga que pior não fica pois é sempre possível se enterrar cada vez mais fundo em sofrimento e angústia.
Minha fortaleza de ilusões foi mais uma vez devassada, assim como meu poço de metáforas vagabundas que deixa escapar mais essa. Diante dos fatos, os fatos. Já estava em tempo de acordar e enxergar todas essas mentiras.
Que asco que sinto daquilo que me tornei, antes ao menos me orgulhava do produto do sofrimento, agora ao passar os olhos pelo o que vou escrevendo só tenho vontade de vomitar. E é isso que faço, vou vomitando mais e mais palavras até que a confissão fique irreparável.
Só quero dormir, tenho sono, mas não o faço com a esperança que alguma frase surja de meus dedos e resolva todos os meus problemas. Sempre a saída fácil, impressionante! Bom, não existe tal coisa e até que a ficha caia estou fadado a continuar escrevendo.
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