Música

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5 de fevereiro de 2010

Calmaria e a Fábrica de Almas

Ao escritor não podem faltar duas coisas: ideias e meios para o registro. Sendo pouco provável o isolamento de um mero pedaço de papel ou até de um computador, nessa era digital, a grande preocupação fica para com a falta de ideias.

Não sou de escrever sobre catástrofes sociais, o Haiti não me inspira nem um pouco, notícias e trivialidades não me atraem. A verdade é que só sei escrever sobre mim mesmo, algo tão aferroado ao meu estilo que não existe mudança possível.

Toda vez que eu escrevo preciso estar em um estado específico de espírito e armado de uma frase-chave, a ideia central pode estar nela contida ou ser fabricada durante a escrita. É como tocar violão, cordas tensionadas e música na cabeça.

É uma pena, mas minha mente ficou frouxa, completamente largada com pensamentos repetidos não confiando na própria musa.

Frases-chave aparecem a todo momento disfarçadas de inspiração e eu me engano, tento escrever. Claro que sem a mencionada tensão o texto não poderia sair pior, não há melodia nenhuma. Os dias são cansados e tristes e o tédio continua presente, tédio este que tanto produziu e agora nega fogo. De alguma forma passei a sofrer calado.

Em algum momento minha alma afrouxou e surdou o mundo para meu sofrimento, qualquer coisa que eu diga já passa desacreditada. Quem vê a paz de meu ser, que na sua serenidade diz que sofre, não poderia ter reação outra, já logo pensa que é algum exagero de minha parte. Poucos enxergam que a calmaria é pior que a tempestade.

Meu mais novo projeto é um blog temático sobre uma cidade devastada por um incidente insólito: a população desaparece por completo. A trama é simples, é mais um mote para a criação de personagens, dito que a proposta do blog é contar a história daqueles que viveram na tal cidade. No meu estado, não pude dar seguimento a ideia.

Sempre me intrigou a capacidade de um autor produzir personagens tão distintas, algo que me falta, em todo meu material sou sempre o personagem único. Esfarelo um pouco de mim e coloco no papel, este tem sido o meu método. Existe algo mais?

O blog temático seria a chave para essa pergunta. Por tentativa e erro eu ficaria sabendo afinal de onde vêm essas pequenas almas. Fragmentos da alma do escritor? Cópias de almas alheias? A mistura de ambas? Ou mesmo, ideias como outras quaisquer?

Só há um jeito de descobrir e é pondo as mãos à obra!

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1 comentários:

SuporteDaMente disse...

É, ás vezes ficamos com a cabeça em branco na hora que o papel fica na nossa frente esperando pra ser preenchido. Mas é só fazer uma nova sequência de palavras que acaba saindo uma boa mensagem.