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10 de março de 2010

Sonâmbulo

Hoje não amo ninguém, nem a mim mesmo. Só assim para explicar o estado em que me encontro e até onde me permiti o descuido. Vago a esmo entre esbarrões; ermo, esbarro em ideias vagas. Como, então, amá-la, o que tem se mostrado a mais complexa das obsessões?

Antes fosse simples reduzir tudo à complexidade e não ter mais de indagar. Mesmo nas raras noites bem dormidas, permaneço obtuso e melancólico sem tanger o universo das ideias, e dentre elas se encontra o amor, com clareza e objetividade. Mas, sinceramente, falar em ideia objetiva parece entrar em contradição.

Poderia inserir um pensamento de Nietzsche no debate que falava sobre como as pessoas melancólicas, justo pelo o que as faz pesadas, e não apesar, é que tendem a atingir a superfície. Tenho, portanto, o pensamento arejado, seja melancólico ou em júbilo, para amá-la. Se hoje não a amo, não é por inaptidão, é outra coisa.

Porém, mais importante do que precisar as causas do não-amor repentino e passageiro é ver como ele inspira e agonia tanto quanto o amor. Da mesma forma que o nada pode ser excessivo e nos enxer, até o pesado sobe à superfície e mesmo o pensamento obtuso provoca dores agudas. Tentar te esquecer já é pensar em você.

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