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22 de abril de 2010

Puxando Angústia

Tem hora que é foda. Queria começar com algum dizerzinho mais polido e discreto, mas não tem jeito, tem hora que é foda! Nada se encaixa, ou se encaixa mas não como deveria. Como se montando um quebra-cabeça, as peças que se supunham ser da borda não fossem lisas te fazendo pensar que talvez você não saiba mais a figura que vai se formar.

E passa tão rápido... quer dizer, olhando daqui, da calmaria, pareceu tão breve! Os minutos intermináveis, as madrugadas solitárias, passaram num instânte. Já estável e tranquilo fica difícil falar da angústia e mesmo pensar no porquê de fazer isso. Se passou passou, o mal já foi remediado... não foi? Seria então por medo de que volte? Tentativa de dar um fim mais definitivo?

Digo isso a mim mesmo para me justificar, do contrário estaria sendo apenas masoquista. Puxo a angústia, penso na morte, fecho os olhos e me imagino ao cair da noite, em plena tarde ensolarada. Não adianta, essa dor é nova. Nova demais para ser simulada, trazida para a superfície.

A situação já fugiu ao meu controle, pouco sei de qualquer coisa, o tempo nublou nos meus pensamentos que nunca foram muito claros. Tem hora que é foda! Fica difícil até me perceber como ser vivo e consciênte, não no sentido filosófico e sofisticado (e normal que não se possua essa percepção), mas na construções primevas da mente.

Coisa de se maravilhar por estar vivo, achar estranho a percepção da realidade em primeira pessoa (como se fosse possível um outro modo). Achar injusto ter de morrer algum dia... e mais injusta a ideia de ter de viver para sempre. E nessas horas (fodas!) em que até o bater do coração maravilha e assusta, fica difícil sair do lugar.

Sem base, sem chão, sem saber sequer engatinhar... como correr atrás das coisas? Como viver? Como ser? Era mais fácil quando pensar nela era tudo o que precisava, até o amor não correspondido vira refresco perto dos amargos tragos de uma perecepção confusa.

E assim como luto para recuperar fragmentos das bombas que explodiram em surtos passados, lutei em meio a angústia tentando resgatar os "pensamentos felizes" que minha mãe uma vez me sugeriu buscar antes de dormir para evitar pesadelos. Foi grande a surpresa ao perceber que eu não possuia nenhum, nem sequer um mínimo pensamento que não sucitasse mais angústia.

Toda parte minha é a pior parte, pois uma parte não diz nada sem o todo. Estar aos pedaços tem disso: estar aqui e não estar, viver uma sobrevida e ficar surpreso e triste quando o dia seguinte chega. Não que eu anseie pela noite eterna, mas a manhã parece uma farsa. E, como qualquer um, eu busco a verdade...

Venha, angústia e me diga o que vai ser de mim.

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