Música

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3 de outubro de 2010

Revelação

Minhas verdades se encerram nessas linhas, mesmo um ditato confuso prevalece ante ao agir pragmático, não importanto a realidade palpável de minhas ações contraditórias ao navegar pela existência no seio da vida comum. Aquele que faz nunca superou aquele que diz, do outro só guardo uma vaga lembrança. Um eu sem voz, uma vida sem trilha sonora, de que serve? É fácil passar batido, dele se esquecem.

O escapismo, nesse sentido, deixa de ser uma escolha própria: são os demais que me obrigam a uma vida relevante. Marcam-me pelo desprezo quando caminho pelas vielas corretas de uma rotina direita e centrada - não faço mais que a obrigação, ou, indo mais além, faço exatamente a minha obrigação. Tornei-me conveniente.

Já fazem dias não sonho no leito e são mortos aos poucos os sonhos diurnos com a culpa. Desprezam o ser útil, mas também deixaram de aceitar o vir-a-ser dos mil devaneios e rascunhos de interpretações fantásticas. Querem-me pronto para o abate.

Em algum lugar entre as vozes que me hotilizam por tentar ser eu, e não alguém como se espera daquele que constrói sua vida nos ditames do correto e do direito, ouço um pedido para voltar a sonhar - é a voz da saudade. Dói, perfura o peito, uma falta. Pensei ser impossível, mas pude criar algo em meio a minhas descontruções constantes...

No meio do Tédio, havia uma reduto de esperança. Escrevia como se nada fosse sagrado justamente porque meu coração estava bem guardado... mas os muros se foram e tenho agora de abdicar da imortalidade nessas linhas. As linhas das verdades e das angustias terão de sair de mim, ou eu de sair delas -uma partícula do todo sobreviverá.

Daí a conveniencia. Um ser particulado, compacto, entra com folga nos lotes da rotina. Já tenho meu leito e jazigo de uma existência sem qualquer propósito senão o de completar espaços e espectativas... logos meus próprios sonhos irão me decepcionar.

Não deve demorar, em breve, passo a querer o que se supõe correto ter, em breve, a previsibilidade atingirá seu ápice e, neste pico, a revelação: na verdade, não existo.

1 comentários:

Iara De Dupont disse...

Ai to morrendo de saudades de vc !!!!!!!!!!!!
Bem estruturado teu texto ,mas queria mesmo saber se é fruto de alguma coisa ou resultado de um domingo ? Bom, pode ser ,mas mesmo assim está pra variar muito bem escrito, meio melancolico, tá tristinho.....
To com muita,mas muita,mas muita ( e agora devido aos realitys shows vou mudar meu vocabulário) To com muita muita, mega hiper saudade de vc !!! S2!!!!
Beijosssss