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19 de outubro de 2011

Às Vezes

Às vezes eu escrevo como rabisco, pra passar o tempo e ocupar a mente e as mãos no enlace de palavras para aprisionar a angústia que toma conta nos momentos de Tédio. E vou assim, lentamente pontilhando a sombra disforme de meus pesadelos podendo então chamar tudo o que me incomoda de mero mal estar, consequência da noite, da insônia - e talvez seja. Às vezes, eu acredito em tudo isso.

Odeio, como odeio! Mais a mim mesmo do que o mal injusto que agora me assombra. Tragédia é ser tão trágico - logo me ocorre - e não a eventual falta de sorte ou de leitura sobre o mundo. Conclusão estranha, pois todo bom escritor é bom leitor (segundo se diz e me parece certo). Por que será que falho tanto em entender da vida? O problema nunca foi entendimento, ou talvez tenha sido... às vezes.

Bobagens que flutuam no ar, apenas isso: bobagens. Tudo gira no ar em câmera lenta como em um acidente de carro descendo ladeira abaixo visto de dentro da cabine. Estou assim, congelado em frames, estilizado, envolvido por perspectivas significantes que me distraem do que verdadeiramente sinto para não ter de lidar com a dor.

Deixa-la foi uma das coisas mais difíceis que tive de fazer, parti-me em dois naquele adeus terrível que disfarcei com um até logo que agora ouso revisitar. Até pouco, bloqueara e mantivera assim desde os dois dias de imensa tristeza que sucederam a despedida. Já não choro agora e a amo pelo metade. Sinto por isso, mas sei que se me entrego, não conseguiria pensar em mais nada... e é isso que volto a fazer. Sinto sua falta.

Procurei suprir essa falta, me abrigar em olhares gentis que me acolhessem, juntando pedaços de sensações tentando compor um amor parecido com o que tivemos naquela semana. Mas, na verdade, tudo o que consegui foi a culpa por ter te negado, por ter tentado te substituir em meu cotidiano... por evitar de dizer que te amo achando que essa tristeza:

"De nada, ajuda".

E o medo? Nem me faça falar do medo! Já virou certeza. Não me entristeço mais que sorria sem mim, pois algo muito forte me disse que já me deixa um pouco todos os dias - e se tiver de ser assim, melhor que sorria, que lhe sobre toda a felicidade e nenhum arrependimento - diria o meu coração em prantos. Resta-me reconquistá-la, reapresentá-la a todo esse amor que ressurge na superfície.

E em nossa história de tantos abraços e beijos e infinitos reencontros e recomeços, me resigno com o fato de ter de reconstruir um amor que é tantos e o mesmo ao mesmo tempo. Pois sei e aprendi com alegria no coração: às vezes, o melhor é recomeçar.

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