Música

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19 de dezembro de 2011

Está certo disso?

E se eu dissesse que tudo isso tem um preço, você deixaria de aceitar tudo tão passivamente? Meu caro, embaixo de toda essa ciência que corrobora tuas decisões e opiniões se escondem os instintos humanos mais viciosos! Somos uma civilização sustentada pela barbárie de uma elite sem leis morais e, com a desculpa de que vivemos em um mundo de vazios existenciais, você perdoa a gradual perda de humanidade a que nos submetem... tudo pela coerência, acredita que falar em ideologia dominante é coisa de comunista... Acorda: por sua causa, e ninguém mais, ser humano já não tem mais qualquer valor!

Fico em dúvida quanto a quem devo odiar, na cara de quem devo cuspir quando for cair nessa batalha perdida, rendido pelo cansaço e asco de pertencer a esse espécie. Quem, quem é responsável? Os opressores passivos ou ativos? Há aquele célebre dizer, de que para que o mal triunfe, basta que o bem cruze os braços... maldito mundo pós-moderno! Tanto hostilizamos o pensamento maniqueísta que ser bom se tornou uma coisa... ruim.

Aguardo mensagens de esperança, mas talvez a única redenção possível seja o Amor que felizmente sinto em demasia, uma redundância, amar demais é redundância! Redundância viva e necessária - é preciso ser enfático quando tudo se perde e se esquece em um piscar de olhos. Entretanto, amar é um exercício de entrega, não amortece, nos faz viver em superlativos! Daí, pergunto: como amar quando a parte desse amor se perde em mim e até nela ao perceber a parcela da culpa (a totalidade, a humanidade!) que nos cabe? 

É impossível, ao menos que eu encontre esperança na humanidade, não há como encontrar o Amor em mim, corro o risco de me perder, me tornar amargo e cínico embarreirando, pela frieza e ceticismo, o meu próprio coração que é pura fé e luta. Meu Amor é forte, mas não lutará contra um mundo inteiro. Pois, acima de tudo, por ser um amor real e verdadeiro, ainda busco o reflexo da vida nos olhos dela e é justo que ela tenha o mesmo... mas em noites assim sobraria-lhe, se pudesse me ver, encontrar a morte em meu olhar desesperado.

Minha missão é fazer parte de algo significativo, aquele algo que poucos veem, mas existe: a tal mudança. Vim para criar, para ser, e não para me conformar em uma vida de reprises; vim para alimentar essa ilusão de grandeza e fazer dela minha força-motriz... mas é impossível ser algo desse jeito, de nada adianta gritar em um mundo de surdos, por mais barulhentas que sejam minhas ideias: O mundo não é, está sendo!

Tudo o que quero, pelo menos por essa noite, é acreditar que meus ideais não são extravagâncias ou utopias pueris e mal construídas, do contrário, continuarei me despindo de todo orgulho, auto-estima e, por consequência, de mim mesmo. Se realmente vale tudo para manter a ilusão de estabilidade e estagnação; se a pecha de idealista se tornou pejorativa; se acreditar em missão em um mundo sem sentido é uma loucura, não tenho mais nada o que fazer aqui e meus sentimentos, incluindo o meu Amor, são dignos do mais profundo desprezo.

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