Nessa e em tantas outras noites, reflito sobre o quanto é fútil escrever e direciono meus pensamentos para resoluções secretas, impublicáveis, para raciocínios mais rápidos que as letras são capazes de pegar. Também me fio muito no que já foi dito/escrito para me convencer de que nada teria a acrescentar e assim permaneço em silêncio guardando toda a solidão para mim... como se escrevendo aqui ela deixasse de ser minha.
Quando, na verdade...
Quando, na verdade...
Esse é o reduto absoluto da solidão, sei pelo silêncio de vocês, vocês mesmos! Pois sei das poucas almas que ainda aí existem ficando certo do quão profundamente só fui, sou e sempre serei. Sério, gente, é tão difícil assim escrever um comentário?! Vão pro inferno! Vou passar alguns minutos desejando coisas ruins para você que está lendo e sairá sem deixar nada. Vai, pelo amor de Deus me convença de que sente algo além de pena quando me lê!
Um escritor quer ser lido, ou ao menos se sentir lido, puxa, pelo menos um pouco! Já se tornou fútil, nem perderei tempo discutindo se é porque me expresso mal, por má publicidade ou se minhas ideias só geram silêncio... Tédio. Só sei que de nada adianta e mesmo um adeus, dos tantos que já dei nesse espaço, seria motivo de risada. Afinal, quando nos despedimos é porque estamos deixando algo para trás e... não é o caso, não é uma opção. Se eu, por ventura, não estiver escrevendo é porque não consigo, não porque não quero, porque parti...
Eu bem que gostaria de ir embora, mas ninguém parte de si mesmo! Tinham lá os românticos, e ainda devem ter, que acreditam que o suicídio resolvia alguma coisa, mas acho muito pouco provável. Matar eu já mato os pensamentos na frente dessa maldita tela de computador e no fundo do copo de Coca-Cola, pois porre de bebida é para os fracos! Tenho medo de morar sozinho, sabe-se lá que atrocidades vou cometer despudorado...
Meu espírito nunca poderá ser livre, pois quer sempre as coisas erradas... ou talvez possa, quem sabe? Acho que esse querer tão pulsante que é a verdadeira prisão. Não sei o que é mais sinistro, pensar em suicídio ou castração química.. eu realmente não esperava chegar nesse ponto, nesse parágrafo, nesses pensamentos. Mas continuo porque sei se parar de escrever volto a solidão, ao silêncio que provocou tudo, volto ao ódio pelo o que me tornei.
Mentira, para me odiar eu teria ter alguma relevância para mim mesmo, eu teria de ser alguém para mim mesmo... e para o mundo. Sou o puro desejo de escrever sem ter nada a dizer e mesmo ele se apaga, talvez por isso o suicídio seja uma ideia tão ridícula: "como matar algo que já está morto?" Responde aí, filho da puta.
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