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14 de abril de 2012

Fumaça e Olhos Vermelhos

Se eu lhe disser que esse caos todo tem sua metodologia me chamaria de louco, mais louco do que já a principio pressupunha que eu fosse (quem me conhece, talvez nem tanto). Ainda assim, julgo óbvio, afinal não é o caos que me lastima e sim a ordem absoluta das coisas que sempre me coloca na posição de inferioridade para que eu possa sempre ter do que reclamar e gritar e morder e nunca, eu disse NUNCA, me mover! Não existe gozo maior do que o da ilusão de que estou morto, é isso o que me satisfaz: morrer, matar sentimentos, o tempo...

Caótico e colérico é o espírito, esse que insiste em ser jovem e acompanhar o corpo que ainda ferve de paixões e vontades e se recusa a permanecer parado: fui escalado para o papel errado! - vive ele a me gritar. Esse caos não me incomoda, dá coceira e às vezes vertigem, mas nada de substancial e que venha a danificar minimamente o roteiro de vida que gravei em rocha sólida. Dói-me ser tão absolutamente fechado, limitado e doente (por conta própria), mas qualquer rebeldia é dispendiosa e não vale a pena por saber-se (ou supor-se) que a saúde, esvaziar os pulmões de fumaça e Tédio e preenchê-los com ar puro, não passaria de um jogo de espelhos pra mascarar meu grau de inépcia para com a vida. Viver é insuportável (e ainda assim vivemos). De qualquer forma, algo, por mais inútil que seja, precisa ser feito.

Daí encontrar-me diante de um novo ponto de virada (é perecer ou modificar-me!), coisas interessantes estão por vir. Tudo o que peço é que jamais se deixe se enganar por elas, pois meu momento mais sincero é o agora... um agora insustentável e, já se pode dizer, errado (para mim e para os que me cercam). Sou o Tédio em pessoa, azul, gelado, oceânico e profundo; sou a forma que o Nada arrumou de vir à existência, mas, apesar ou até por tudo, surgiu algo, nasceu algo: amei alguém e fui Amor mais do que tudo. Nesse breve momento de adeus, houve convício entre as partes, cearam ambos, banquetearam-se de minha alma e no amor ao tédio me julguei sublime.

Mas amar sempre foi um verbo intransitivo. Agora, quando sinto, sei e escrevo, estou livre, ou já por me libertar de tudo e de mim e ainda cativo. Usa-me como uma das suas fontes, sou o momento de síntese que dá sentido ao todo, se quer um dia me entender, olhe para os meus olhos, para essas lágrimas e saberá de tudo o que precisa. Será possível ser tão transparente!? Não, é óbvio que é muito mais fácil de entender pelo lado de dentro.

Tudo o que vê é fumaça e olhos vermelhos.

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