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27 de dezembro de 2012

.ela vai viajar no reveillon

Eu não deveria escrever meia-palavra pra você, sua idiota, mas cá estou começando o texto com um pouco de tough love para meu benzinho. Explico: li meia dúzia de páginas de Marcelo Rubens Paiva e acordei meio cronista, nadando em sinceridades e cruezas. Falo de idiota pra idiota, pois me uno a você em mal juízo, nós dois assim, escravos de imperativos, impulsivos e insensatos - apaixonados ousando ficar distantes. Essa é tua grande idiotice, não passar cada segundo ao meu lado quando sei que quer e me quer tanto e de tantos jeitos que te falta o verbo e o ar quando pensa em mim a te apertar contra o meu corpo. Não há como esconder o desejo, pois se o reprime ele transborda na pele, essa que me chama em chamas em uma combustão de sensações insanas. Eu, primeira pessoa do singular, te quero mais que ganhar na mega-sena e andar da Camaro pra falar bobagens no teu ouvido e grudar em você feito um carrapato do amor; eu, sujeito estranho da oração profana, te idolatro quando a noite cai e a saudade raia na mente inquieta.; eu, este ente que vos fala, quero usurpar o sensato e o pacífico que habita Luis, o racional(izante) e te chamar de minha contra toda a Razão que nos impomos; eu quero ter ciúmes e me permitir a loucura de te achar louca de não estar em meus braços e ser também parte deste Eu - quero, acima de tudo, que nos tornemos Nós. 

....se é que já não somos.

Difícil conceber a miríade de sentimentos cálidos que me toma e mesmo a tristeza que pode deles advir, sentimentos de bem, azul-clarinhos, de samba, como meros egoísmo e possessividade de um sujeito objetificando o outro. Possível, somente, atribuir a tais sentimentos cores adequadas, sendo eu e você um só, tornando-os frutos de auto-conhecimento, o reconhecimento em você de uma parte minha que se afasta e, por isso, me enfraquece e me lastima. E nessa identidade compartilhada, eu, por ser a voz agora nessa janela literária que se abriu, calho de ser a idiotice de nós dois. Eu sou a vontade dos beijos que enlouqueceu; eu sou a solda de uma efêmera (porém eternamente renovável) união entre dois seres distantes pelo capricho de seus individualismos, seus medos, suas agendas; eu... já não sei mais o que dizer. No final das contas, não sou mais do que isso, pensamentos soltos que não não me refletem por completo e tão pouco são a externalização íntegra de uma parte minha. Nem eu, nem nós, nem uma parte, sou aquilo que fizer de mim. Eu espero que goste.

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