A tempestade passou. Levou tudo o que eu tinha e nada fiz para que assim não fosse. Abro as portas do abrigo para ver uma paisagem devastada, um coração arrasado. Só me resta repetir este triste ritual sem sentido até que minhas mãos cansadas e coração ferido não em permitam mais erguer construções destinadas ao destruição.
O engenheiro será sempre o mesmo e a tempestade sempre virá, mas o morador e vivente desta tortura esta sempre a amadurecer e também endurecer. O aprendizado é proporcional a rudeza adquirida.
Não me falta o saber, mas vai em faltando a empolgação de encarar a tempestade, os meus medos, a mudança. Como consequência me acomodo nessa rotina destrutiva. Ah... tanto me dói! Logo estarei dormente e nada mais importará.
Voltaram as palavras, é verdade, mas de que adianta se não sou ouvido? Se não sou amado? Serve apenas de consolo. Afaga meu orgulho. E é isso o que restou proteger: meu orgulho.
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