E fez-se o mar de promessas na vã solitude do navegante. Este foge de tudo e procura o porto-seguro, pois que só se tem segurança na imediação do perigo. O que era a vida antes da aventura? O que era o navegante antes do navegar? Mais um.
Soma-se às águas o indivíduo, perde-se na imensidão, é agora menos um. O mundo não conta com sua presença, melhor assim, pois na sua soma não adciona e é só na subtração que acrescenta. Menos um conta mais que mais um, só na perda que damos significado a algo.
Desejar o impossível, que desgosto! Não desejar a nada: a própria morte! Desejar a morte? Estou confuso. Hoje é um dia impar de conclusões díspares, perdi o nexo em alguma página do extenso livro da faculdade. O que sinto vai voltando à superfície, mas não sem antes cambalear nestas palavras, hora de aprumar o corpo e seguir viagem.
Vou lembrar que ainda sofro, apesar de ser uma das pessoas mais sorridentes que você poderá encontrar, lembrar que minto? Não sei onde está a sinceridade, em meus sorrisos ou em minhas palavras. Só sei que não sei, só sei que escrevo, só sei que escrevo aquilo que não conheço.
Pois é de mistérios que se enche a vida e nada mais misterioso que o amor. Amo escrever, sofro por amor, amo sofrer! Nada mais justo que continuar o trabalho, farsa ou não.
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