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19 de julho de 2010

Acordo

O dia seguinte te dá perspectiva: "não há nada como um dia após o outro". Acordo nesta tarde para perceber que a tristeza que antes tanto pesava no peito foi embora e me levou junto com ela. Se antes eu arrastava correntes na melancolia de uma alma penada, hoje fluto de um lado para o outro passando através de tudo: permaneço um fantasma.

A angústia pode te prender à sentimentos pesados ou te soltar de tudo em uma profunda indiferença e incapacidade de se relacionar com o mundo - nesse momento, as sensações se perdem na defnição. Dizer o que é melhor ou pior não faria sentido.

Toda a minha vontade e desejo eu coloquei na minha tristeza, é lá que ficou a minha alma. Sei que posso superar esse momento, levantar e sacudir a poeria, dar a volta por cima e todo aquela blá blá blá. Depressão é coisa de quem não luta sim, uma "frescura", mas lutar, sob vários aspectos, não é uma coisa tão poética também.

Ainda mais quando se luta contra si mesmo, nada mais ridículo...

Estou nesse lugar por opção, puxo a tristeza de volta conscientemente. Superar esse momento seria superar a mim mesmo, deixar para trás tudo pelo o que me defini. Acho que isso é crescer, mas fica difícil quando cada poro do meu corpo grita para não fazê-lo.

Há ainda o medo de me sair insincero, parar para pensar daqui há alguns e desatar a chorar por ter caminhado contra tudo o que eu acreditava criando um vazio irremediável. Já chamei a minha visão de mundo de sonho, fantasia e bobagem, mas não passava de uma forma de expressão descontraída. Levo meu coração a sério, estimo o meu amor.

Ainda vou acordar muitas manhãs como acordo hoje na oportunidade de abandonar toda a tristeza e abdicar de mim mesmo. E a escolha vai ser sempre a mesma, dessa vez não por neurose ou teimosia, mas por persistência: amar sempre vale a pena.

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