Quem não puder ser dono de si vai ser dono do que?
De quem?
Por que?
Como se houvesse um motivo para pensar sobre a nevoa...
o que comporta seu mistério...
o que habita seu ar...
Eu sou a própria névoa! A fachada levanta uma incógnita... mas seja lá o que houver em seu interior de fantástico não é mais névoa - é o que se esconde na névoa. Sou escritor e, como tal, oculto a vida em palavras difíceis que parecem conter algum valor, mas são facilmente subjulgadas por experiências genuinas do cotidiano.
Palavras soltas sucitam o engano puro, simples e verdadeiro de quem não iria querer estar certo, pois se a única certeza da vida é a morte tenho mesmo é de me refugiar no errado que tem um quê de eternidade...
Mas aí fica esse discurso impróprio para eu, que sempre fui tão lógico, e para o leitor que quer ler algo que provoque algum entendimento.
E... quem não é dono de si vai poder escrever algo próprio?
Para quem?
Por que?
Pensamentos psicopatizados, mastigados e primitivos - é ansiedade pura! Nada funciona, essa existência de atos práticos que suprimiria o desejo, na verdade, o multiplica criando ilusões cada vez mais doentias. Sou impróprio para qualquer doutrina - sou impróprio para mim! A vontade é de gritar o quão alto fosse possível...
AHHHH! - e essas palavras caem mais reais do que minhas cordas vocáis permitiram criar em um ato fingido e ensaiado, muito possivelmente inspirado em algum filme.
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