Como estará o meu amor?
É superficial continuar, ainda mais nessa noite, meus gritos de novidade pela forma de amor conjunto que deveras existe e me maravilha quando a forma antiga ainda pulsa: esse amar tão meu, a sós comigo mesmo, uma caneta, o velho caderno, música ao fundo e o que mais a madrugada tiver a oferecer. A distância preservou o amor por extenso, mas não deve ser apenas isso, não reduzirei meus sentimentos ao circunstancial.
Ela é tudo de bom, às vezes é tão simples assim, se me apaixonei por ela tantas vezes e não me importei em quebrar o encanto que protege os amores platônicos ou, tendo cometido o delito, não fugi ao ver suas sinceridades cotidianas, é porquê ela é inspiradora. Uma musa, sem dúvida, e das mais instigantes. Não é apenas namorada do rapaz irônico, bem humorado e meio ansioso, mas também se engraça com a melancolia despropositada do escritor e pede abrigo no abraço de minhas palavras. São todas suas, sou todo seu.
Há distância e proximidade, cumplicidade, os dois amores não se anulam, antes disso, se somam. Ainda sou visitante, intruso (aqui sim há invasão), no coração da morena que me acolhe há mais de seis meses, peço então licença a todo momento não querendo tirar as coisas do lugar (já as movendo) e agradeço (já pedindo mais) por tudo que a anfitriã, musa, amada, amante, namorada e tantos nomes quanto eu puder criar, puder me dar.
Você é tudo o que eu quero agora, aqui do meu lado, terminar o texto e ir direto para os seus lábios, suas pernas, seu amor por inteiro. Mas melhor não sentir tanto e querer coisas mais simples como... dormir, quem sabe? Já está tarde, vou me deitar e tentar me confortar com a glória de mais uma noite a ser vencida na batalha de aguentar essa saudade.
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