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30 de março de 2010

Ideal de Liberdade

O que é a liberdade? E, não sabendo precisar, como ser livre? Instigar a dúvida de um conceito "solucionado" já não é por si só uma prisão? Muitas dúvidas, poucas respostas, é assim que eu procedo. Hora de fazer muito barulho por nada, mais uma vez.

O melhor seria começar a discussão por soluções já divulgadas e de conhecimento comum. Vê-se a liberdade como oposta à coersão, à prisão ou qualquer espécie de limitação. Liberdade de agir e liberdade de pensar, portanto.

Em cenários mais conturbados do que o que habita este cidadão pós-moderno de uma democracia que vos fala, os grilhões anti-libertários (com o oposto, o outro, é fácil se definir) eram mais expressos. Você não era livre se um qualquer apontasse uma arma na sua cabeça e dissesse: "cala boca!" ou se te jogasse em algum buraco qualquer sob prerrogativas nebulosas.

Hoje o nosso contrato social garante a liberdade e somente a cerceia sob a circunstância de esta ser danosa à liberdade de outrem. Engraçado que houveram tempos em que ser livre significava justamente estar livre das leis, como então reagir quando a lei é que garante a liberdade? Os conceitos de momentos diferentes se sobrepõe e me confundem.

Quando a liberdade parece garantida e certa, como nos dias de hoje, é que precisamos estar atentos. Julgo necessário que procuremos os grilhões remanecentes e possamos nos tornar completamente livres. Entra nessa questão, a ignorância, voluntária ou condicionada.

Como ser livre para pensar se o pensamento em si não tem asas próprias (voar é metáfora comum do ser que ambiciona a liberdade, utilizar-me-ei dela mais à frente). No entanto, a única preocupação parece ser a independência fincanceira.

Os grandes rebeldes dessa geração querem sair de casa para poderem prestar contas à outra pessoa que mal conhecem em troca de um abono que sempre parecerá insuficiente. Não questiono o sistema como um todo, mas ansiar pela velocidade dos acontecimentos, fantasiar com isso... simplesmente não faz sentido.

Teias de obrigações e metas enlaçam a vida adulta e, quando menos percebemos, estamos seriamente comprometidos. Nos jogamos em abismos infinitos e ao constatar que nada impede o movimento de nossos braços e pernas nos julgamos livres. Não! Estar livre é poder voar e guinar para quaisquer direções, a queda nos ilude.

Mas talvez seja isso, nunca ser livre com os pés ao chão presos à realidade, só é livre quem se ilude. Pensar-se livre é o primeiro passo para a liberdade, a busca por respostas é que aprisiona. Do que adianta querer se não somos feitos para voar?

Não somos feitos para ser livres, talvez por isso ainda existem aqueles que optaram por se isolar em localidades selvagens e remotas. Livre da sociedade o homem se desumaniza e pode ambicionar ideais sobre-humanos. Só o homem que não é homem pode ser livre, homem para entender sua natureza, não-homem para poder degustá-la.

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